Filme do Dia:The Lion and the Song (1959), Bretislav Pojar
The Lion and the Song (Lev a Písnicka, Tchecoslováquia,
1959). Direção e Rot. Original: Bretislav Pojar. Fotografia: Vladimír Malík.
Música: William Bukový. Dir. de arte: Zdenek Seidl.
Acordeonista erra pelo deserto até
encontrar um pequeno óasis, onde sua música encanta lagartixas, uma raposa e um
cervo. Porém, também chama a atenção de um leão, que após algumas tentativas de
domesticação, engole o músico e seu instrumento. O acordeon provoca efeitos
estranhos na barriga do leão, que joga-se do alto de uma coluna, morrendo.
Tempos depois, outro jovem, vestido como arlequim, chega ao local e descobre o
acordeon dentro da carcaça do leão morto e volta a utilizar o instrumento, e a
encantar os animais.
Embora seu roteiro não seja exatamente
um primor, seu encanto provém sobretudo de seus bonecos e dos cenários, fazendo
uso do stop motion. Os bonecos
possuem o rosto desenhado, incluindo os ohos, o que não permite o movimento na
face. Sem diálogos, como boa parte da animação do Leste Europeu de então, com a
música ocupando protagonismo. Não se pode descartar uma possibilidade de
leitura alegórica associado aos ciclos, com a alegria (associada à música)
voltando a reinar após tempos melancólicos, em que o realizador se permite
matar seus dois personagens principais até então – o leão surgindo com metade
do curta já transcorrido. Primeiro filme a ser premiado no Festival de Annency,
que se tornaria uma referência na animação. Krátky Film Praha. 15 minutos e 23
segundos.
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