Filme do Dia: O Poder do Ódio (1956), Allan Dwan

 


O Poder do Ódio (Slightly Scarlet, EUA, 1956). Direção Allan Dwan. Rot. Adaptado Robert Blees, a partir do romance  Love’s Lovely Counterfeit, de James M. Cain. Fotografia John Alton. Música Louis Forbes  & Howard Jackson. Montagem James Leicester. Dir. de arte Van Nest Polglese. Cenografia Alfed E. Spencer. Figurinos Arlene Dahl & Norma Koch. Maquiagem Mel Berns. Com John Payne, Rhonda Fleming, Arlene Dahl, Kent Taylor, Ted de Corsia, Lancy Fuller, Buddy Baer, Fred Aldrich.

O chefão gangster Solly (de Corsia) Caspar comanda a criminalidade na pequena cidade californiana de Bay City, tentando impedir a candidatura do milionário Frank Jansen (Taylor), seguindo sua secretária, com quem possui um envolvimento afetivo, June (Fleming) e, sobretudo, sua irmã recém-saída da prisão e emocionalmente instável Dorothy (Dahl).

O roteiro de Cain não é um passaporte para qualidade. Tudo aqui soa meio atrapalhado. Inclusive um noir com cores berrantes, a destacar as ruivas Fleming e Dahl. O papel de Arlene Dahl, da irmã má e com laivos ninfômanos, possui várias representantes por volta desta época. É incomum a forte ênfase no mundo da política ao início, mas logo este será radicalmente secundarizado diante de interesses outros, nos quais a corrupção parece ter uma aura etérea a derramar seu manto sobre quem seja. Muda-se apenas as figuras no comando. Porém nenhuma das ruivas será sacrificada, o que seria de se esperar sobretudo da “disfuncional”, que teima em desmentir a pecha psiquiátrica imposta pela irmã. Um dos filmes favoritos de Godard no ano. Também conhecido como O Anjo Escarlate, embora haja um filme de quatro anos antes que ganhou este título no Brasil, numa tradução literal, estrelado por Rock Hudson. Dwan fazia de tudo e com rapidez. De filmes de monstro a noirs em Technicolor passando por westerns (A Audácia é Minha Lei), estando já há quatro décadas no ofício. A versão original contava com quatro minutos a mais. |Benedict Bogreaous Prod./Filmcrest Prod. para RKO Radio Pictures. 95 minutos.


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