Filme do Dia: O Canarinho Gigante (1947), Tex Avery

 


Canarinho Gigante (King-Size Canary, EUA, 1947). Direção: Tex Avery. Rot. Original: Heck Allen. Música: Scott Bradley.

Ainda o que provavelmente mais chame a atenção nessa animação, ao ponto de ter sido considerada uma das melhores de todos os tempos, seja o fato de aloprar com temas básicos do estilo de animação que envolve a relação rato-gato-cachorro – através de um tônico fortificante eles, assim como o canário do título, tornam-se gigantes cada vez maiores, a parte certamente mais hilária sendo a primeira metade, quando tudo ainda se resolve de forma mais convencional; convencional ao menos para o estilo de animação em questão. Há inversão de papéis, a la Hawks, aqui ganha traços de grotesca surrealidade, como o momento em que o canário agigantado e com expressão sinônima da brutalidade mais arraigada, tortura seu ex-algoz, uma versão muito similar, do que se poderia imaginar sem grande esforço, Frajola e Piu-Piu, na companhia rival, para que Avery trabalhara antes, e criado há apenas dois anos. É como se o realizador, que antes tripudiara em cima da adocicada visão de mundo disneyana, puxasse ao limite uma vez mais, seu humor gráfico, em cima agora dos personagens de seu antigo estúdio. MGM. 8 minutos.

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