Filme do Dia: Model Citizen (2020), David James Armsby
Model Citizen (Reino Unido, 2020). Direção,
Rot. Original, Fotografia e Montagem David James Armsby
Família se mantém afirmativa e unida,
trabalhando e vivendo maquinicamente numa sociedade maquínica, e com um robô
que os visita todos os dias, para saber se está tudo em ordem. Quando o filho
cresce e se une a uma mulher, os pais compreendm que o ciclo está fechado e se
apresentam voluntariamente a uma fila em que as pessoas são executadas por um
robô e jogadas numa vala funda. Eles portam uma máscara, que habitualmente
fazem uso, e que lhes esconde completamente as faces. Quando lá chegam,
descobrem que o robô é o mesmo que os visitava diariamente, e retiram a
máscara. Ele faz elogios, mas elogios à parte, cumpre o que tem a fazer. Já o
filho segue a mesma rotina com sua esposa e um filho.
Há uma qualidade nos traços da
animação, sem dúvida. Pena que se preste a uma evocação de um universo
totalitário (ou seria uma democracia liberal contemporânea, ou algo similar a
caricatura habitual da sociedade norte-americana de Eisenhower?) tão
insipidamente banal e previsível, inclusive no último soluço do que parece ser
uma demonstração de afeto que pode suscitar, aos desavisados ou mais ingênuos,
uma ruptura para o que seria um “final feliz”. As máscaras, portadas pelos
moradores da cidade – próximas das do Anonymous – no momento em que se entregam
ao abate, estão caracterizadas como ugly, e a explicação, identicamente
óbvia, está presente em outro curta da série (Being Pretty). Há uma
temporalidade não muito discriminada do momento em que se passa a história (um
futuro retrô?), ao menos no curta em questão, que é um dos últimos da série,
pois é a televisão a mídia mais influente. Fotografado em p&b. Compõe uma
série chamada Autodale, que é o nome da sociedade descrita nos curtas. |Dead Sound
Animations. 5 minutos.
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