Filme do Dia: T'amerò Sempre (1943), Mario Camerini
T’Amerò Sempre (Itália, 1943).
Direção: Mario Camerini. Rot. Original: Sergio Amidei, Mario Camerini, Giulio
Morelli & Giorgio Pastina, a partir do argumento de Camerini. Fotografia:
Arturo Gallea. Música: Ezio Carabella. Montagem: Fernando Tropea. Dir. de arte:
Gastone Medin. Cenografia: Gino Brosio. Com: Alida Valli, Gino Cervi, Antonio
Centa, Jules Berry, Renato Cialente.
A jovem Adriana (Valli) tem uma filha
de uma relação com o rico playboy Diego (Centa) que, no entanto, não assume a
paternidade e envia uma tia para fazer o contato com Adriana no hospital. Adriana passa a trabalhar no grã-fino
instituto de beleza comandado por Oscar (Berry), conseguindo sustentar a filha
e a colocar em boa escola. No instituto, ela desperta a atração do galante
advogado Pini (Cialente). Porém angaria
o afeto de alguém com propósitos mais sérios, Mario Fabbrini (Cervi), que aos
poucos se acerca dela. Adriana fica abalada com a súbita reaparição de Diego,
que pretende retomar a relação.
O ambiente em que se passa boa parte
da ação, o extravagante instituto de beleza, serve como pretexto para que imagens,
fabricadas sobretudo nos estúdios Cinecittà, remetam a um universo de sonho e
fantasia dos quais a esmagadora maior parte dos italianos não poderia conhecer
senão pelo cinema, seguindo uma tradição como tanto a filmografia do realizador
(ocasionalmente em filmes mais inteligentes como Gli Uomini, Che Mascalzoni, de 1932) quanto a dos chamados filmes
de “telefone branco”, sendo que o célebre utensílio não deixa de surgir a
determinado momento, sendo recorrente desde então. Berry quase rouba a cena como o afetado e
histriônico dono do instituto, não por acaso francês, para evitar qualquer
suscetibilidades em relação à virilidade fascista – característica, aliás, a
qual não foge sequer o libertário e contemporâneo Obsessão, de Visconti. Refilmagem de produção dirigida pelo próprio
Camerini dez anos antes. Società Italiana Cines. 90 minutos.
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