Filme do Dia: One Bad Knight (1938), F. Lyle Goldman

 


One Bad Knight (EUA, 1938). Direção: F. Lyle Goldman. Rot. Original: Norman B. Terry. Música: Samuel Benavie.

Um camponês movido em seu cavalo de pau se encanta pela princesa do castelo. Essa, no entanto, vem a ser sequestrada por um mau cavaleiro, que estava sendo procurado pela justiça. Ele a leva para um outro castelo. Um conflito entre dois povos se arma. Porém, menos que o gigantesco cavalo improvisado, quem resolve a situação é o Chevrolet que dele sai e destrói, com fúria de um comboio ferroviário, todo o castelo menos a torre, onde o cavaleiro mau tenta se apoderar da princesa. Ele se desequilibra e cai torre a baixo. Quando é indagado do rei qual seu desejo, o jovem camponês hesita, mas escolhe o carro. Porém, parte nele com sua agora noiva.

Bem menos interessante que curtas anteriores produzidos com o mesmo, tanto em seu uso do musical, evocativo das mais xaroposas animações do período, como por uma utilização de merchandising muito mais forçada que as presentes nos curtas vinculados à Cinderela (sobretudo A Ride for Cinderella). Tampouco os anacronismos são trabalhados de forma engenhosa aqui e, além do carro, restringindo-se a um gramofone. E apela-se algo gratuitamente para um inverossímil carro capaz de destruir todo um castelo, demonstrando uma facilidade que não parece ter sido produto da criatividade, enquanto nos outros  o que é valorizado é sobretudo o design e a velocidade. Embora a personagem principal possua algo de Robin Hood, não se impede que um cavalo de troia surja a determinado momento, assim como uma participação episódica e nada orgânica do duende, que aqui assume de vez sua zoofilia, despachando um beijo molhado em seu grilo-cavalo, também presentes nos curtas anteriores. Chevrolet/JHO. 9 minutos e 39 segundos.

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