Filme do Dia: The Boy from Naples (1958), Ivan Aksenchuk
The
Boy from Naples (Mal’chik iz Neapolya, União Soviética, 1958). Direção: Ivan Aksenchuk. Fotografia:
Nikolai Voinov. Rot. Adaptado: Aleksandr Galich, a partir dos livros de Gianni
Rodari. Música: Edouard Kolmanovski. Dir. de arte: V. Nikitin & I.
Nikolayev.
Garoto que possui poderes mágicos em
Nápoles vê o seu globo que produz boas
ações ser avariado por um lobo, emissário de uma feiticeira do mal. No mesmo
momento, vários atos trágicos se encaminham para se suceder, sendo conegelados
no tempo, enquanto um garoto amigo dele, Ciccio, vai em busca da fada que
resolverá o problema. A feiticeira se faz passar por fada e cria duplos para o
Gato de Botas e seu cavalo, tentando confundi-lo, mas Ciccio não se deixa
enganar de todo e a verdadeira fada surge e renova os poderes do globo.
Talvez o que resista de mais curioso
nesse curta, com traços mais empobrecidos que o da animação soviética
predominante até meados da década, seja seu comentário involuntário e
antecipador da crise soviética com a Itália – a partir da possível instalação
de misseis da OTAN em território italiano capazes de atingir a União Soviética
- ao comentar ao final que o globo precisa se encontrar em “boas mãos” para que
todos sejam felizes. Referências auto-reflexivas, não exatamente comuns na
produção do estúdio, à exceção dos próprios narradores internos, surgem de
forma discreta, como quando o Gato de Botas pergunta de qual conto Ciccio é
proveniente. Como nas produções americanas da época, assim como o cinema de
maneira geral, os italianos falam em russo. Soyuzmultfilm. 20 minutos e 42
segundos.
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