Filme do Dia: A Raposa Má (2017), Patrick Imbert & Benjamin Renner
A Raposa
Má (Le Grand Méchant Renard,
França/Bélgica, 2017). Direção:
Patrick Imbert & Benjamin Renner. Rot. Adaptado:
Benjamin Renner & Jean Regnaud, a partir das histórias em quadrinhos Le Grand Méchant Renard e Um Bébé à Livrer, de Renner. Música:
Robert Marcel Lepage. Montagem: Benjamin Massoubre.
Talvez o maior trunfo desse longa de
animação seja, de um modo geral, conseguir o difícil equilíbrio entre se
apresentar como inteligente ao universo adulto, ao mesmo tempo que cativante
para as crianças de tenra idade, público ao qual parece ser prioritariamente
dirigido. Talvez soe menos feliz o batido recurso da apresentação teatral para
cada um dos três episódios de que é composto, à guisa de unir narrativas
distintas no universo dos quadrinhos do qual se originou. No primeiro conto,
uma bebê precisa ser entregue em casa, pois foi encontrada na floresta e
temporariamente adotada por três animais, um coelho, um porco e um pato. No segundo, a raposa pretensamente
má torna-se subitamente mãe adotiva de três pintinhos que confiscou em um
galinheiro e se apega a eles ao ponto de enfrentar o temido lobo e dar aulas de
como melhor espezinhar a sua própria espécie para as galinhas. No terceiro,
animais tentam salvar o natal, dois deles ingenuamente acreditando que mataram
o velhinho, ao observarem o adereço despedaçado que tentaram salvar do alto de
uma porta. Seu direcionamento ao público miúdo surge na referência às crianças
que são levadas por cegonhas ou no restabelecimento na crença de Noel contra a
descrença superior do porco e do cão. Talvez o episódio que mais faça uso de
clichês do universo do gênero seja o primeiro. Os traços, de uma simplicidade
tão aparente quanto a despretensão narrativa também possuem seu encanto.
Folivari/Panique/StudioCanal/RTBF/BE TV. 83 minutos.
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