Meu Caro Diário, 10 minutos para 25/04/04

Sinto que o tempo é curto para tanto coisa que pretendo fazer aqui em São Paulo; ao mesmo tempo, que a dispersão é grande. De qualquer forma, consegui avançar um bocado no texto de Stam calcado no cinema brasileiro que se chama Tropical Multiculturalism, também imprimi e avancei um bocado no texto de Adriano, ex-aluno e amigo, de graduação em sociologia na UECE, que me deixou tanto emocionado quanto cabrero. Emocionado, porque ele escreve bastante bem para seu momento. Cabrero porque como eu, sofre da síndrome da falta de objetividade. Estou fazendo algumas considerações sobre seu texto e também gostaria de enviá-las juntamente com um ou dois textos que podem auxiliá-lo na discussão sobre fotografia. Meia-noite agora. Estou falando ao mesmo tempo no Chat  #England. Josué saiu para a noite, encontrar com seu amigo (amante?) Cristiano. Eu, como sempre, procuro submergir nas atividades culturais para não ter que sofrer tanto com o vazio da falta de amizades/afetos. Mas, ao mesmo tempo, sei que num (sic) adiante de nada, pois ele acaba brotando por entre os poros mais cedo ou tarde. Hoje fiz compras um tanto quanto avantajadas no supermercado com Josué, acordei tarde e fui almoçar por volta das 3 da tarde, depois das compras. O pior é que esse mês terei que passar mais de 800 paus para as mãos do dito cujo. Estou fodido. Acabei de fazer as gravações de (uma nova gravação, pois Lindomar não encontrou entre meus pertences em seu apartamento) de O Bandido da Luz Vermelha e A Grande Cidade. Também pretendo concluir a tradução sobre Jean Rouch, avançar no ensaio para a disciplina de Rubens Machado (...) sobre a deambulação no Super-8, cuidar da inscrição do Socine (aliás, os canalhas não me deram mais notícia), tentar escrever algo para um projeto de um amigo do Joel da disciplina do Rubens que trabalha no Centro Cultural São Paulo.

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