Grandes Composições com Máscaras, 1953

Durante os últimos quinze anos de sua vida Matisse desenvolveu seu último triunfo artístico no "corte em cores". Primeiro, seus assistentes pincelavam pigmentos opacos e semi-transparentes de aquarelas em pequenas folhas de papel em branco. O artista então cortava as folhas manualmente de formas ousadas sendo afixadas nas paredes brancas do estúdio, ajustadas, recortadas, combinadas e recombinadas com outros elementos. Posteriormente, os elementos foram colados de forma plana em um grande rolo branco ao fundo para o transporte ou exibição.

Grandes Composições com Máscaras, a maior das montagens de Matisse, foi concebida originalmente como análise preliminar em tamanho real para um mural em cerâmica. Sua escala é arquitetônica, simétrica na estrutura. Colunas em cada lado abrigam uma composição de ornatos em formas de rosa em grupos de quatro, que formam um grande padrão de aproximadamente dez metros de tamanho.

Se o desenho de Grandes Composições com Máscaras é relativamente estático, isso é compensado pela viva distribuição de cores. Tons vivos e brilhantes recortados contra o fundo branco são dispersos ao longo da superfície. Eles mantém os olhos do observador em movimento, engajados numa composição de paradoxal ordenada tranquilidade e energia dinâmica ao mesmo tempo.

Texto: National Gallery of Art. Nova York: Thames & Hudson, 2005, pp. 268.

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