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Dicionário Histórico de Cinema Sul-Americano#68: Raúl Ruiz

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  RUIZ, Raúl (Chile, 1941-2011). Provavelmente o mais prolífico e ativo diretor de cinema no mundo até sua morte por câncer, Raúl Ruiz realizou bem mais de 110 filmes e séries de TV em menos de 50 anos, incluindo 80 longas (e longas curtos). De fato, é impossível produzir uma completa filmografia, porque ele também trabalhou, mas não finalizou, numerosos outros projetos. Nascido em Puerto Montt, no sul do Chile . Com a idade de 15 anos, após receber uma bolsa da Rockefeller, designou-se a tarefa de escrever 100 peças, e em 1962 já havia atingido este objetivo (ainda que fossem somente de poucas páginas). Estudou religião e direito, e uma de suas peças de teatro foi a base para seu primeiro filme (incompleto), realizado quando tinha 19, La Maleta . Em 1962, abandonou o curso de cinema na Universidade Católica de Santa Fé na Argentina , sob a direção de Fernando Birri . Após trabalhar cinco anos montando noticiários de televisão, iniciou seu primeiro longa ficcional, El Tango del Viudo (

Filme do Dia: Entente Cordiale (1912), Max Linder

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  E ntente Cordiale (França, 1912).  Direção e Rot. Original Max Linder . Com Max Linder, Jane Renouardt, Stacia Napierkowska, Harry Fragson. O amigo de Max (Linder), Fragson (Fragson), afirma que terá um emprego durante um mês em Paris, e pede que o amigo o receba na estação ferroviária. Max vai recepcionar o amigo na Gare du Nord. Porém, quando já se encontrava para entrar na carruagem, o amigo lhe alerta que está trazendo um piano de cauda. Os dois sobem no piano e a carruagem parte deixando uma perna do piano e os amigos pelo chão. Quando chegam na moradia de Max, seu amigo tenta, sem sucesso, seduzir sua criada. E o mesmo faz Max, em outro aposento. A situação se inverte. Enquanto a criada tem sonhos românticos languidamente deitada em um sofá, Max improvisa seu paletó como avental para limpar a sala, e o amigo se vê com a louça a ser limpa. Os dois amigos dão uma trombada, destruindo o que carregavam e discutem. A noite, após se recolherem aos seus quartos,   flagram um ao out

Filme do Dia: Another Day of Life (2018), Raúl de la Fuente & Damian Nenow

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  A nother Day of Life (Espanha/Polônia/Bélgica/Alemanha/França/Hungria, 2018). Direção: Raúl de la Fuente & Damian Nenow. Rot. Adaptado: Raúl de la Fuente, Amaia Remirez, Niall Johnson, David Weber & Demian Nenow, a partir do livro Ryszard Kapucisnki. Fotografia: Raúl de la Fuente & Gorka Gómez Andreu. Música: Mikel Salas. Montagem: Raúl de la Fuente. Dir. de arte: Rafal Wojtunik. O repórter polônes Ryszard, logo batizado de Ricardo pelos angolanos, encontra-se em uma Luanda caótica, com todos os portugueses abandonando o país e levando seus pertences. Ricardo conhece o jornalista português Artur, que topa a aventura mais que arriscada de partir rumo ao sul, de encontro ao líder revolucionário Barrusco, contra tudo e todos. Na estrada, testemunham dezenas de cadáveres e por pouco não são mortos pelos soldados da UNITA, que apoiados pela África do Sul e Estados Unidos, pretendem interromper as ações da MPLA. Uma soldada dessa, Carlota, salva a vida dos dois. Artur decide

Filme do Dia: Farewell Amor (2020), Ekwa Msangi

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  F arewell Amor (EUA, 2020). Direção e Rot. Original  Ekwa Msangi. Fotografia  Bruce Francis Cole. Música  Osei Essed. Montagem  Joanna Applegate & Justin Chan. Dir. de arte : Virginia Hastings, Lance Mitchell & Christine Morris. Figurinos Evren Catlin. Com Ntare Guma Mbaho Mwine, Zainab Jah, Jayme Lawson, Joie Lee, Nana Mensah, Marcus Scribner, Brandon Lamar, Felipe Almonte. Esther (Jah) e sua filha Sylvia (Lawson) reencontram o marido/pai Walter (Mwine) dezessete anos após este ter emigrado para os Estados Unidos, no aeroporto John Kennedy, em Nova York. Enquanto a mulher se transformou numa fervorosa evangélica, a filha se mantém distante de um pai que lhe era desconhecido da memória que não a de fotos e relatos. As tensões em relação aos dois mundos se manifestam sobretudo em Esther, enquanto a filha consegue manter vínculos sociais sobretudo devido a dança. É como uma lufada de constipação que o bom trabalho desenvolvido pelo elenco dessa produção se veja soterrado

Filme do Dia: O Caminho do Progresso (1965)

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  O   Caminho do Progresso (Brasil, 1965). Fotografia Giulio de Luca. Montagem Italo di Bello. O comentário musical talvez fale mais que qualquer das obviedades de sua voz over (narração de Alberto Cury). Assim, nos créditos iniciais e ao lado do otimista título há uma presença de um rock instrumental. Quando se aproxima da realidade dos interiores os temas se tornam regionais. Quando se adentra no interior de uma indústria, os acordes instrumentais de uma famosa balada rock emergem. O recado está dado. Caminha-se para o progresso da metrópole paulistana, observada do alto e logo, mais de perto, coalhada de veículos. São esses que transportam tudo, inclusive outros veículos. Assim o curta destaca, uma vez mais, mesmo que de forma inicialmente oblíqua, o papel central da indústria automotiva, como vários outros produzidos por Manzon ( Indústria Automobilística , Como Nasceu o Primeiro Carro Brasileiro , Boa Viagem Pelas Novas Estradas , O Nosso Pequeno 1800 e tantos outros). São essa

Filme do Dia: Lua Cambará - Nas Escadarias do Palácio (2002), Rosemberg Cariry

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L ua Cambará – Nas Escadarias do Palácio (Brasil, 2002). Direção e Rot. Adaptado: Rosemberg Cariry & Ronaldo Brito E. Assis, baseado no conto do último. Fotografia: Antônio Luiz Mendes. Montagem: Severino Dadá & Rosemberg Cariry. Dir. de arte e Cenografia: Márcio Rodarte. Figurinos: Albanita Camurça. Com: Dira Paes, Chico Diaz, Muriel Racine, Via Negromonte, Sofia Xavier, Tony Silva, J.W Solha, B. de Paiva, Cláudio Jaborandy, Joca Andrade, Ceronha Pontes. A Saga de Lua Cambará, encontrada por um judeu errante ao lado da mãe morta, no sertão cearense do final do século XIX. Levada pelo judeu até a casa de seu verdadeiro pai, um rico coronel, onde irá sofrer preconceitos por conta de sua cor. Forte e destemida, assumirá o comando da fazenda após a morte do coronel, matando com as próprias mãos a maior ameaça  para si própria, na figura do irmão do coronel e enfrentando e matando igualmente seu filho (Andrade). No plano afetivo, no entanto, não possui a mesma sorte. Apaixonada por

Filme do Dia: Chatter (2020), Max Kozik

  C hatter (EUA, 2020). Direção e Rot. Original Max Kozik. Garoto que não consegue a mínima inserção social nos grupos da escola aproxima-se de uma garota surda-muda. E, aos poucos, dá-se conta que não conseguirá   verdadeiramente próximo dela se ficar projetando o comportamento observado em outros casais. Faz uso de cores e não sopas, mas verdadeiras tempestades de letrinhas para expressar a comunicação humana entre grupos. Se a história em si não deixa de ser previsível, a visualidade traz um acréscimo que lhe cai bem.| 10 minutos.