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Mostrando postagens com o rótulo Animação

Filme do Dia: A Fórmula Mágica (1937), Ben Sharpsteen

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  A   Fórmula Mágica ( The Worm Turns , EUA, 1937). Direção: Ben Sharpsteen. Música: Frank Churchill. Em suas experiências laboratoriais, Mickey descobre uma fórmula que transforma quem reage a ela, em destemido e confrontador de qualquer antagonista imediato. Assim, uma mosca põe para correr a aranha que já iria jantá-la, um rato transforma seu gato algoz em perseguido e o gato por sua vez, volta-se com fúria contra Pluto, quando já se encontrava acuado e certo que iria morrer. Pluto, por sua vez, é beneficiado da mesma, quando vê-se em vias de ser carregado por Bafo de Onça, que trabalha acondicionando cães de rua. Nesse delicioso festival de cores, tem-se um apanhado de estratégias retrantando perseguidores e perseguidos, relações invertidas pela intervenção “química” de Mickey (um pouco pressagiando já seu papel como aprendiz de feiticeiro no clássico Fantasia ), ainda que aqui de uma perspectiva mais científica nas suas transformações, que apontam para diversos caminhos que se

Filme do Dia: The Butterfly (1972), Andrei Khrzhanovskiy

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  T he Butterfly ( Babochka , URSS, 1972). Direção: Andrei Khrzhanovskiy. Rot. Original: Roza Khusnutdinova. Montagem: Marina Trusova. Encantado por uma borboleta que surge na janela de seu apartamento, o garoto passa a persegui-la até confina-la em um vidro, mesmo destino a que se somará várias outras. Após sonhar com uma borboleta gigante usando dos mesmos artíficios para com ele, o garoto resolve libertar as borboletas. Elas em sinal de agradecimento massivamente cobrem seu corpo. Ainda que a quantidade de efeitos expressivos que Khrzhanovskiy consiga nesse curta de animação chegue a ser não menos que espantosa, alguns deles flertando com técnicas do cinema experimental como a foto fixa, multiplicação da mesma imagem,  o abstracionismo e certa psicodelia, assim como a emulação de transições do rosto do garoto em linha de “continuidade descontínua” seu resultado final é sensivelmente prejudicado por sua explícita filiação a um “filme de mensagem”, no sentido mais abstrato e desi

Filme do Dia: Entre Deux Soeurs (1991), Caroline Leaf

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  E ntre Deux Soeurs (Canadá, 1991). Direção e Rot. Original: Caroline Leaf. Rot. Original: Catherine Leaf & Grant Heisler. Música: Judith Gruber-Stitzer. Montagem: Camille Laperrière. Duas irmãs vivem isoladamente numa ilha. Viola, cuja face é desfigurada, é cuidada pela irmã, Marie,   para que ninguém a veja. Viola escreve e certo dia, um homem enfrenta o oceano para conhece-la pessoalmente. Inimaginavelmente realizado a partir de gravação na própria película, essa obra, um tanto elíptica em relação a sua própria narrativa (dificilmente se terá uma compreensão tão clara da sinopse acima exposta apenas através de uma visualização única da mesma, ainda que Leaf afirme que a narrativa é o elemento primordial de sua obra). E também uma certa aproximação de um não realismo ostensivo, como aquele em que o homem aparenta ter o dedo cortado e o vermelho de seu sangue toma conta de praticamente todo o campo visual e do absurdo, vinculado sobretudo a sua travessia marinha levando um li

Filme do Dia: L'idée (1932), Berthold Bartosch

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  L ’idée (França, 1932). Direção: Berthold Bartosch. Rot. Adaptado: a partir do romance de Frans Masereel. Um dos clássicos da animação de vanguarda, menos conhecido que Uma Noite Sobre o Monte Calvo (1933), de Alexander Alexeiff, mas sem dúvida mais radical em suas pretensões do que aquele, sendo o curta de Alexeiff mais poético e inovador em termos de técnica. O produto da imaginação de um homem, uma mulher nua de pequenas proporções, acaba ganhando o mundo e despertando desprezo, admiração ou cobiça nas mais diversas instâncias da sociedade como a justiça, a academia e o mundo artístico. Para acentuar sua dimensão surreal existe a trilha musical, a primeira de música eletrônica jamais composta para um filme. Embora o filme tenha sido sonorizado, não existem diálogos e a única dimensão para além da imagem e do som é a das cartelas na abertura do mesmo. 25 minutos.

Filme do Dia: O Emprego (2008), Santiago Bou Grasso & Patricio Plaza

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  O  E mprego ( El Empleo , Argentina, 2008). Direção Santiago Bou Grasso & Patricio Plaza.  Rot. Original a partir de uma ideia de Patricio Plaza.   Montagem e Dir. de arte Santiago Bou Grasso & Patricio Plaza.  Homem desde o momento de acordar até chegar sua função no trabalho, faz uso de utensílios humanos, inclusive enquanto cadeiras, mesas, cabides ou táxis. Até que quando chega no emprego, e diante da sala na qual trabalha, também passa a ser mais um destes objetos. Trabalhando na lógica inversa a da realidade, com os humanos fazendo às vezes não apenas do mobiliário tradicional, mas também de aparelhos mecânicos como sinal de trânsito e de motor a combustão, substituindo carros, mas ao mesmo tempo abrindo espaço a uma crítica sobre a disparidade na condição, entre os que usufruem e fazem os serviços para tornar a vida do profissional ao qual o curta animado foca, mais cômoda. A objetificação, no pleno sentido, de uma parte dos seres humanos, agora meros objetos co

Filme do Dia: Rajz Film (2005), Pál Tóth

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  R ajz Film (Hungria, 2005). Direção: Pál Tóth. Desenhista traça algumas idéias do que poderiam ser personagens para uma animação. Tóth certamente pretende construir um filme que revele um pouco sobre o próprio processo criativo da animação, literalmente um esboço sobre uma prancheta. Porém o resultado final, mesmo que interessante ao evidenciar o surgimento dos personagens a partir de uma folha em branco e de pequenas situações que esses irão vivenciar, torna-se prejudicado pela ausência de organicidade entre os personagens, como se a idéia de exercer uma meta-linguagem apenas obscurecesse a ausência real de uma idéia mais sólida. Animação em 2D. 14 minutos.

Filme do Dia: Travessuras Árticas (1930), Ub Iwerks

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  T ravessuras Árticasctic Antics (EUA, 1930). Direção: Ub Iwerks. Dizem que Iwerks implementou o padrão que seria seguido pelas animações da Disney e essa animação parece ser a comprovação disso. Mesmo ainda destituída de cores, importa menos qualquer pretensão narrativa mais fechada, do que apresentar uma série de animais polares – incluindo um Mickey albino! – em coreografias, nas quais o movimento dos mesmos parece ser ditado antes pelo ritmo de sua trilha musical. Quando se fala em séries não se deve secundarizar o efeito, tal como nos musicais de Busby Berkeley, em que coreografias de pingüins, morsas ou o que seja, evoluem, e o   efeito “abstrato” que tal dimensão pode sugerir, menos pela representação gráfica do que resulta da coreografia coletiva, como em Berkeley , que pela recusa de personagens principais ou de uma trama narrativa mais conseqüente. Tampouco é incomum que tais grupos deixem de possuir elementos “anômalos” ao padrão homogeneizador – no caso dos pingüins, doi

Filme do Dia: Le Petite Parade (1959), Seymour Kneitel

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  L e Petite Parade (EUA, 1959). Direção: Seymour Kneitel. Rot. Original: Irv Spector. Música: Winston Sharples. Todos os dias uma parada passa diante da casa de Monsieur Renoir, o casamenteiro, deixando como lembrança uma boa dose de entulho, que cai de um dos carros representativos oficiais dos ministérios do reino. Não se sabe se esse exemplar da série Modern Madcap (1958-1967) apresentou seu evidente erro de grafia em seu título original para combinar com informações equivocadas sobre a cultura francesa, tal como a presença de uma monarquia, o que parece bastante provável. De todo modo são os clichês aqui imperativos, como é o caso do nome de seu protagonista, zombando-se sobretudo de uma cultura pretensamente bacharelesca e burocrática, existindo por lá a cultura do empurra-empurra entre ministérios para resolver um problema tão singelo. Das barbas e bigodes excêntricos até os inevitáveis cumprimentos entre beijos dos homens, passando pela profissão de Renoir, associada ao “r

Filme do Dia: Reversal of the Heart (2011), Carolyn Chrisman

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  R eversal of the Heart (EUA, 2011). Direção , Rot. Original e Montagem Carolyn Chrisman. Música Dave Volpe. Uma mãe dragão perde sua cria, por conta de uma peça brilhante que possui em seu próprio corpo, na altura do coração. Quem a matou, levou-a para uma princesa. Ela se transforma em um dragão, provocando um enorme susto no príncipe. Ela foge, após ser confrontada pela espada do mesmo. Sua fuga é para o campo. Refugiada em um paiol, assusta um jovem, que além de trabalho no campo é aprendiz de mago. Porém, quando percebe-o como inofensivo, monta nele procurando ir de encontro à montanha que fica o reinado dos dragões. Após uma primeira transformação de um animal numa lagoa, este adere a dupla e partem na continuação da jornada, interrompida por um cavaleiro que, em meio ao combate, fere mortalmente a dragão fêmea. E quando o cavaleiro vingativo chega ao local onde acredita se encontrar o dragão ferido ou morto, depara-se com a princesa que lhe estava prometida.   Esta não pa

Filme do Dia: Model Citizen (2020), David James Armsby

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  M odel Citizen (Reino Unido, 2020). Direção, Rot. Original, Fotografia e Montagem David James Armsby Família se mantém afirmativa e unida, trabalhando e vivendo maquinicamente numa sociedade maquínica, e com um robô que os visita todos os dias, para saber se está tudo em ordem. Quando o filho cresce e se une a uma mulher, os pais compreendm que o ciclo está fechado e se apresentam voluntariamente a uma fila em que as pessoas são executadas por um robô e jogadas numa vala funda. Eles portam uma máscara, que habitualmente fazem uso, e que lhes esconde completamente as faces. Quando lá chegam, descobrem que o robô é o mesmo que os visitava diariamente, e retiram a máscara. Ele faz elogios, mas elogios à parte, cumpre o que tem a fazer. Já o filho segue a mesma rotina com sua esposa e um filho. Há uma qualidade nos traços da animação, sem dúvida. Pena que se preste a uma evocação de um universo totalitário (ou seria uma democracia liberal contemporânea, ou algo similar a caricatura

Filme do Dia: O Castelo de Areia (1977), Co Hoedeman

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  O   Castelo de Areia ( Le Chatêau de Sable , Canadá, 1977). Direção: Co Hoedeman. Fotografia: Jean-Yves Escoffier. Música: Normand Roger. Montagem: Jacques Drouin. Ao mesmo tempo que mexe com o imaginário, provavelmente universal, da areia e do que pode ser construído dela, tendo como bússola o objeto a qual se refere seu título, brinca igualmente com a própria duplicação do universo do artista em seu porta-voz, que cria os personagens que lhe ajudam a erigir o castelo, aproximando-se, por esse viés, de uma alegoria do artista enquanto demiurgo. Mesmo que sem nenhum conflito entre seus personagens, ao final surge o grande obstáculo, logo após a comemoração que sela a solidariedade entre todos e a auto-congratulação pela construção do castelo, e o mesmo parte de outra associação básica com seu objeto, a efemeridade. Destaque para a trilha musical a partir de motivos-clichês de temas orientalistas. Tem demonstrado a continuidade de sua popularidade ao longo do tempo, ao contrário de

Filme do Dia: Annie & Boo (2003), Johannes Weiland

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  A nnie & Boo (Alemanha, 2003). Direção: Johannes Weiland. Rot. Original: Dirk Stoppe. Música: Andy Groll A garota Annie perde o trem e acaba topando com um estranho ser chamado Boo, e que diz ser a própria Coincidência em pessoa. Paira sobre essa animação em 3D uma aparente irresolução entre seguir cacoetes da produção comercial e toques de nonsense . Porém, o sentimentalismo fácil e o apelo comercial preponderam, mesmo com os cínicos comentários finais (apenas um pouquinho mais apimentados do que os que a própria Disney faz em suas produções). O personagem de Boo deve ser uma referência ao bobo obcecado por crianças de O Sol é para Todos . Filmakademie Baden-Württemberg. 15 minutos.

Filme do Dia: Mr. Hublot (2013), Alexandre Espigares & Laurent Witz

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  M r. Hublot (Luxemburgo/França, 2013). Direção: Alexandre Espigares & Laurent Witz. Rot. Original: Laurent Witz. Música: François Rousselot.  Dir. de arte: Pascal Thiebaux. Mr. Hublot é um homem solitário e avesso ao mundo exterior. Observando crescentemente um cão-robô que vive na rua, certo dia ele fica desesperado achando que o cão foi levado pelo caminhão do lixo. Ele o encontra logo após e resolve adotá-lo. O que mal sabe é que ele crescerá bastante. Esse curta de animação consegue um equilíbrio razoável entre a atmosfera futurista apresentada e a persistência de um mundo de sentimentos humanos bastante reconhecível. Assim como de equilibrar nesse universo futurista, objetos perfeitamente comuns ao uso contemporâneo ou até mesmo algo vintage (xícara, tv). Dito isso, se sua fábula inteligentemente acrescenta uma cereja no bolo do que seria uma narrativa um tanto convencional e excessivamente sentimental, algo ainda mais salientado pela canção que faz referência ao person

Filme do Dia: The Greatest Man in Siam (1944), Shamus Culhane

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  T he Greatest Man in Siam (EUA, 1944). Direção: Shamus Culhane. Rot. Original: Ben Hardaway & Mitt Schaffer. O sultão do Sião decide abrir uma concorrência para ver quem ganhará a mão de sua bela filha. O que mais chama atenção nessa animação curta é que Culhane, ex-profissional da Disney (onde havia realizado alguns dos momentos mais inspirados de Branca de Neve e os Sete Anões ) consegue persistir no estilo narrativo ainda francamente guiado por um tema musical, onipresente na década anterior, sobretudo em sua primeira metade, com a ironia e a malícia típicas de um realizador como Tex Avery. Nesse quesito entram tanto o pregão deixado pelo sultão que deixa claro a impossibilidade da participação de serviçais do castelo e suas respectivas famílias, numa clara alusão aos concursos organizados pelas grandes corporações, como – e principalmente – a evidente alusão a sexualidade exuberante da filha do sultão, que transforma todos os homens em cópias do célebre Lobo de Avery. O fat

Filme do Dia: Taming the Cat (1948), Connie Rasinski

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  T aming the Cat (EUA, 1948). Direção: Connie Rasinski. Rot. Original: John Foster. Música: Philip A. Scheib. Faísca & Fumaça são os primeiros a observarem o anúncio “pega-pássaro” de um gato que propagandeia a busca de pássaros que cantem. A dupla não apenas canta, quanto faz todo tipo de torturas com o gato – a determinado momento um dos corvos canta paradiando Jimmy Durante. Noutro é evocado o tema musical identificado com ninguém menos que o concorrente Pica-Pau. Décimo primeiro curta da série. Terrytoons para 20 th Century Fox. 6 minutos e 30 segundos.

Filme do Dia: Bold King Cole (1936), Burt Gillett

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  B old King Cole (EUA, 1936). Direção: Burt Gillett. Nova versão colorida e sonora – ainda que a cópia em questão esteja com problemas graves de sonorização e não se escute absolutamente nada -  do Gato Félix, que já havia protagonizado diversos títulos em preto&branco e mudos na década anterior. O que se percebe aqui é uma estandartização do personagem para novos padrões tanto estéticos – o desenho possui movimentação mais aprimorada – quanto morais – uma maior infantilização do personagem que perde o caráter de humor duplo, que poderia agradar crianças e adultos com referências a questões como sexualidade e racismo. Tampouco se encontra aqui as habituais transformações do personagem a partir do seu próprio corpo que era um dos charmes da primeira série. Aqui, Félix acossado por uma gigantesca tempestade vai buscar refúgio no castelo de um rei que passa a ser literalmente atormentado por fantasmas de seus antepassados. Félix conseguirá fazê-lo se livrar dos fantasmas e acaba se

Filme do Dia: A Revolução dos Bichos (1954), Joy Batchelor & John Halas

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  A   Revolução dos Bichos ( Animal Farm , Reino Unido, 1954). Direção: Joy Batchelor & John Halas. Rot. Adaptado: Lothar Wolff, Borden Mace, Phillip Stapp, John Halas & Joy Batchelor, a partir do romance de George Orwell. Fotografia: Matyas Seiber. Animais cansados das sevícias sofridas por seu patrão, resolvem expulsá-lo da fazenda e gerir os próprios negócios da mesma. Os porcos acabam se destacando no movimento “revolucionário”, tendo sido seu mentor um idoso porco que morre antes de ver o levante posto em prática. O líder que se segue, Bola de Neve, organiza uma estrutura de trabalho, mas parece demasiado fraco aos olhos de Napoleão, sedento pelo poder. Fazendo uso dos cães para assassinar Bola de Neve, Napoleão toma o poder e instaura um regime de trabalho e exploração não muito diferenciado daquela vivido em tempos pré-revolucionários. Os animais se unem para se defenderem das ocasionais tentativas de retomar a fazenda por parte dos humanos, mas cansados da exploração

Filme do Dia: So Much for So Little (1949), Chuck Jones

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  S o Much for So Little (EUA, 1949). Direção: Chuck Jones. Rot. Original: Friz Freleng & Chuck Jones. Música: Carl W. Stalling. Se Jones ocasionalmente não se furtava em dirigir peças documentais de propaganda ocasionalmente ( A Hitch in Time , Drafty, Isn´t It? ) que se poderiam chamar de animações documentais, aqui se tem na plena acepção da palavra um documentário animado, já que não existe sequer uma situação temporal específica com personagens a interagirem entre si. Existe um bebê do sexo masculino que é acompanhado posteriormente quando criança, jovem, casado, pai e avô, com as devidas necessidades de cada período, mas é a retórica de um narrador over  (a famosa “voz de Deus” do documentário padrão clássico) que guia o mesmo do início ao final, ao contrário dos outros dois, em que há narradores internos para passarem, como o próprio Jones afirma num deles, a “mensagem”. Não à toa ganhará um Oscar na categoria de documentário curta-metragem. Seu tom sisudo e sem grandes b

Filme do Dia: Dimensões do Diálogo (1983), Jan Svankmajer

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  D imensões do Diálogo ( Moznosti Dialogu , Tchecoslováquia, 1983). Direção e Rot. Original: Jan Svankmajer. Fotografia: Vladímir Malik. Música: Jan Klusák. Montagem: Helena Lebudosková. Três sketches nessa animação que faz uso sobretudo das técnicas de stop motion e massinha acabam traçando relações satíricas sobre o que seria o diálogo. No primeiro seres que se entredevoram acabam gerando um processo de evolução em sua antropofagia. No segundo, e talvez mais interessante de todos, observa-se a relação de amor e de conflito entre um homem e uma mulher. No terceiro uma parceria de apoio nas ações entre duas cabeças gera as variações mais estapafúrdias. Uma das obras-primas do realizador. Krátký Film Praha. 12  minutos.

Filme do Dia: Rooty Toot Toot (1951), John Hubley

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  R ooty Toot Toot (EUA, 1951). Direção: John Hubley. Rot. Original: John Hubley & Bill Scott. Música: Phil Moore. Essa surpreendente pérola da animação consegue ao mesmo tempo apresentar uma miscelânea de gêneros ( film noir , filme de tribunal, musical, comédia) com uma trama narrativa na qual o assassinato passional aparentemente provocado por sua protagonista (agora casada com seu advogado de defesa) é referido em diferentes versões (tal como no recém-lançado Rashomon , de Kurosawa ), sendo as versões sempre cantadas! Indicado para o Oscar da categoria. Livre da pressão de apresentar personagens e rotinas típicas de uma série, como é o caso de Mr.Magoo , os resultados como aqui parecem ser ainda mais satisfatórios. UPA para Columbia Pictures. 7 minutos.