Filme do Dia: Entre Deux Soeurs (1991), Caroline Leaf

 


Entre Deux Soeurs (Canadá, 1991). Direção e Rot. Original: Caroline Leaf. Rot. Original: Catherine Leaf & Grant Heisler. Música: Judith Gruber-Stitzer. Montagem: Camille Laperrière.

Duas irmãs vivem isoladamente numa ilha. Viola, cuja face é desfigurada, é cuidada pela irmã, Marie,  para que ninguém a veja. Viola escreve e certo dia, um homem enfrenta o oceano para conhece-la pessoalmente.

Inimaginavelmente realizado a partir de gravação na própria película, essa obra, um tanto elíptica em relação a sua própria narrativa (dificilmente se terá uma compreensão tão clara da sinopse acima exposta apenas através de uma visualização única da mesma, ainda que Leaf afirme que a narrativa é o elemento primordial de sua obra). E também uma certa aproximação de um não realismo ostensivo, como aquele em que o homem aparenta ter o dedo cortado e o vermelho de seu sangue toma conta de praticamente todo o campo visual e do absurdo, vinculado sobretudo a sua travessia marinha levando um livro dela, que ela autografará.  Centrado em boa parte nas atividades que as duas irmãs efetuam através de suas mãos (uma influência bressoniana?), o filme apresenta o nítido contraste entre as cores sombrias do universo das duas irmãs e do azul quase clarividente do homem que se mescla ao próprio oceano. A beleza das imagens se faz presente em vários momentos, como o que o homem se despede dela e ela o incentiva a partir. National Film Board. 10 minutos e 13 segundos.

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