Filme do Dia: So Much for So Little (1949), Chuck Jones

 



So Much for So Little (EUA, 1949). Direção: Chuck Jones. Rot. Original: Friz Freleng & Chuck Jones. Música: Carl W. Stalling.

Se Jones ocasionalmente não se furtava em dirigir peças documentais de propaganda ocasionalmente (A Hitch in Time, Drafty, Isn´t It?) que se poderiam chamar de animações documentais, aqui se tem na plena acepção da palavra um documentário animado, já que não existe sequer uma situação temporal específica com personagens a interagirem entre si. Existe um bebê do sexo masculino que é acompanhado posteriormente quando criança, jovem, casado, pai e avô, com as devidas necessidades de cada período, mas é a retórica de um narrador over  (a famosa “voz de Deus” do documentário padrão clássico) que guia o mesmo do início ao final, ao contrário dos outros dois, em que há narradores internos para passarem, como o próprio Jones afirma num deles, a “mensagem”. Não à toa ganhará um Oscar na categoria de documentário curta-metragem. Seu tom sisudo e sem grandes brechas ao humor também reflete o que se acreditava ser o espírito de um documentário no período. E sua abertura o torna visivelmente distinto da famosa série Looney Tunes, sem sua clássica fanfarra e motivos visuais, mesmo sendo seu realizador um dos expoentes da mesma (e outro deles, Freleng, co-roteirista). O título se refere aos três cêntimos que pagam pela enormidade de serviços da atenção pública de saúde, e também existem referências a uma relativamente elevada taxa de mortalidade infantil, algo que talvez pouco depois fosse censurado no auge das diatribes da Guerra Fria, como propaganda negativa do próprio país. Federal Security Agency/United States Health Public Service/Warner Bros. para Warner Bros. 10 minutos e 20 segundos.

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