Filme do Dia: Reversal of the Heart (2011), Carolyn Chrisman
Reversal of the
Heart (EUA, 2011). Direção, Rot. Original e Montagem Carolyn Chrisman. Música
Dave Volpe.
Uma mãe
dragão perde sua cria, por conta de uma peça brilhante que possui em seu
próprio corpo, na altura do coração. Quem a matou, levou-a para uma princesa.
Ela se transforma em um dragão, provocando um enorme susto no príncipe. Ela
foge, após ser confrontada pela espada do mesmo. Sua fuga é para o campo.
Refugiada em um paiol, assusta um jovem, que além de trabalho no campo é
aprendiz de mago. Porém, quando percebe-o como inofensivo, monta nele
procurando ir de encontro à montanha que fica o reinado dos dragões. Após uma
primeira transformação de um animal numa lagoa, este adere a dupla e partem na
continuação da jornada, interrompida por um cavaleiro que, em meio ao combate,
fere mortalmente a dragão fêmea. E quando o cavaleiro vingativo chega ao local
onde acredita se encontrar o dragão ferido ou morto, depara-se com a princesa
que lhe estava prometida. Esta não
parece mais disposta a se envolver com ele e a mãe dragão acerta suas contas
para com o assassino de sua filha, lançando um jorro de fogo que o transforma
em sua cria assassinada.
A música,
mesmo sendo uma utilização de um concerto de Rachmaninoff, não é exatamente o
ponto forte deste curta estudantil, ao menos em alguns momentos nos quais é
empregada, sendo o curta em si muito bem realizado, ao revisitar as histórias
míticas de dragão, com originalidade, mas sem perder o encanto ou transforma-lo
em mera ponte para a manifestação de ideologias em voga. Em termos de estilo
também se tem um compósito interessante, a mesclar temas bastante arraigados na
animação comercial estadunidense com traços bastante distintos do que
habitualmente se vê nos mesmos, talvez até mais próximos de uma tradição europeia.
Desaparecendo enquanto dragão após morta e sua pulseira com o cristal mágico se
despedaçando ao chão, torna-se novamente princesa. As concessões finais,
envolvendo a situação mais chocante de todo o curta, a morte do bebê dragão
logo ao início, do qual ouvimos o barulho da lança atingindo sua carne e a
esguinchada de sangue sobre o assassino, infelizmente aproximam-no de uma bem
maior convencionalidade, daí o seu enorme sucesso em termos de visualizações em
plataforma de vídeos – impressionantes mais de 30 milhões, pouco mais de uma
década após seu lançamento. |U.S. Hench Division of Animation & Digital
Arts. 13 minutos.
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