Filme do Dia: Juízo Final (2008), Neil Marshall
Juízo Final (Doomsday, Reino Unido/EUA/Africa do Sul/Alemanha, 2008). Direção e
Rot. Original: Neil Marshall. Fotografia: Sam McCurdy. Música: Tyler Bates.
Montagem: Andrew MacRitchie & Neil Marshall. Dir. de arte: Simon Bowles
& Steve Carter. Cenografia:
Mark Auret & Zoe Smith. Figurinos: John Norster. Com: Emma Cleasby, Vernon
Willemse, Christine Tomlinsen, Jeremy Crutchley, Rhona Mitra, Bob Hoskins,
Alexander Siddig, Craig Conway, Malcolm Mcdowell.
Londres, 2035. A valente e jovem major
Sinclair (Cleasby) é enviada em missão urgente para encontrar senão Marcus Kane
(McDowell) pelo menos o seu laboratório, que conseguiu produzir um antídoto
contra um vírus que devastou boa parte da população mundial três décadas antes
e que agora retorna com força. Sinclair e sua equipe terão que enfrentar um
batalhão de humanos que se tornaram animalizados.
Aborrecida ficção científica seja pelo
excesso de clichês chupados de outros filmes do gênero ou ainda por sua
vertiginosa montagm que impede qualquer tipo de processamento diante da
banalização voyeurística de mortes que se sucedem initerruptamente. Suas cenas
de diálogos, no entanto, não passam de uma radicalização do ritmo do
plano/contraplano do cinema clássico, distante da mesma elegância. Outros
elementos típicos do cinema clássico, tais como um prazo-limite para a heroína
cometer sua façanha ou o fato de que o que a energiza é a memória de sua mãe,
que a salvou de última hora e de quem nada mais soube desde então, também se
encontram presentes, mesmo que o primeiro esteja longe do destaque habitual de
modulador do ritmo narrativo. Marshall
pegou de tudo um pouco. Se os seus zumbis são evocativos de A Última Esperança da Terra (1971), os
carros que perseguem os heróis no deserto são mais do que evocativos de Mad Max. Mais do que no filme de Segal,
entretanto, o que aqui se percebe é que os vilões que são metralhados sem
piedade são um repositório de tipos marginais à sociedade que vão de negros a
punk e sado-masoquistas. Em comum com muitas ficções recentes. Por mais que o
final surpreenda pela mudança brusca que acompanha uma aliança da heroína com
seus então inimigos, o que pode também relativizar, mesmo que a posteriori, sua
carga etnocêntrica, o resultado final
está longe de ser notável sob qualquer aspecto estilístico, narrativo ou
temático. Ao contrário de muitas das ficções recentes com as quais compartilha
uma variedade de clichês (Eu Sou a Lenda,
O Dia em que a Terra Parou), o uso
de efeitos digitais é bem mais discreto, aqui se destacando os mais
tradicionais efeitos especiais. Rogue Pictures/Intrepid Pictures/Crystal Sky Pictures/Scion
Films/Moonlightning/Internationale Filmproduktion Blackbird Dritte para UPI.
105 minutos.
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