Filme do Dia: The Mouse Exterminator (1940), Manny Gould & Ben Harrison

 


The Mouse Exterminator (EUA, 1940). Direção: Manny Gould & Ben Harrison. Rot. Original: Allen Rose.

As mudanças que a animação comercial americana vivenciava podem ser percebidas de forma quase palpável nesse que é o último exemplar da série Krazy Kat para a tela grande, quando comparados a alguns dos primeiros filmes sonoros do personagem (Rodeo Dough, Weenie Roast); a relativa independência com relação a estrutura melódica e “números de dança”, que ressaltavam o caráter da experiência nova com a sonoridade na própria película é enfatizada por uma narrativa mais delineada – aqui Krazy Kat é dono de uma agência de caça-ratos e o curta se apóia nas convenções desse subgênero que é gato-caça-rato – e realista. Com relação ao realismo ao menos dois pontos se destacam. Em termos narrativos e visuais, a ausência das surrealisticamente exageradas idéias e seus efeitos igualmente exageradamente destrutivos  para a captura do rato que acompanham exemplares mais célebres do gênero, como os filmes de Tom & Jerry. No que diz respeito a produção, pela sintomática presença de um roteirista independente do animador que assina a direção, função dupla exercida por Ben Harrisson anteriormente. Mesmo que os jocosos momentos de intervenção dramática e pathos em meio a perseguição provavelmente não fossem já originais – e seriam levados a exaustão por Pernalonga, a partir de então – não deixa de ser graciosa a cena em que Krazy Kat por duas vezes se deixa engabelar pelos truques dramáticos do rato, irrompendo em sentido choro, para logo sofrer o esperado revide. Screen Gems para Columbia Pictures. 6 minutos e 42 segundos.

 

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