Filme do Dia: Três Dias do Condor (1975), Sydney Pollack

 


Três Dias do Condor (Three Days of Condor, EUA, 1975). Direção: Sydney Pollack. Rot. Adaptado: Lorenzo Semple Jr. & David Rayfiel, baseado no romance Six Days fo the Condor, de James Grady. Fotografia: Owen Roizman. Música: David Grusin. Montagem: Don Guidice. Dir. de arte: Stephen B. Grimes & Gene Rudolf. Cenografia: George DeTitta Sr. Figurinos: Joseph G. Aulisi. Com: Robert Redford, Faye Dunaway, Cliff Robertson, Max Von Sydow, John Houseman, Addison Powell, Walter McGinn, Tina Chen.

Joseph Turner (Redford) tem como profissão ler livros dos gêneros mais variados para fornecer elementos para o serviço de inteligência americano. Ao retornar do almoço acaba descobrindo que todos os seus colegas de trabalho foram assassinados. Ele pede ajuda aos superiores, mas o homem enviado acaba tentando matá-lo. Desesperado, seqüestra Kathy Hale (Dunaway) e se refugia na casa dela. Um homem, que havia sido enviado para matá-lo, acaba sendo morto por ele. Ele passa então a procurar pelo mandante da série de assassinatos.

Mesmo não possuindo o mesmo tino visual dos melhores filmes de Alan J. Pakula (tais como A Última Testemunha), esse filme compartilha do mesmo clima de paranoia persecutória que deve muito ao ambiente político americano contemporâneo quanto a própria revisão do filme noir e do cinema autoral europeu. O resultado final, ainda mais elíptico, e afenso a um cinema calcado em expectativas típicas tais como o suspense e a violência – a exceção do massacre inicial e algumas cenas de assassinatos, não existe seqüências que apresentem uma violência espetacularizada – parece aqui mais dependente do diálogo. Tal como o personagem, nunca se fica completamente a par do que realmente está ocorrendo. Teve seqüências filmadas no World Trade Center – porém, é sintomático que nem o edifício nem qualquer outra obra singular da arquitetura nova-iorquina tenha sido utilizada como chamariz visual tal como em Pakula. A assumida influência do noir se faz nas referências a personagens do gênero logo ao início. Curiosamente um dos pretextos da ação – o macguffin ao qual se referia Hitchcock – é a ganância e a corrupção a respeito do petróleo, chegando-se a aventar a hipótese da invasão ao Oriente Médio. Dino De Laurentiis Co./Paramount Pictures/Wildwood Ent. para Paramount Pictures. 117 minutos.

 

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