Filme do Dia: At the End of the Trail (1912), Rollin S. Sturgeon

 



At the End of the Trail (EUA, 1912). Direção: Rollin S.Sturgeon. Com: George Stanley, Robert Thornby, Edna Fischer.

Xerife (Stanley) recebe ordem de prisão contra o ladrão de cavalos Manuel Lopez (Thorny) que encontra pouco tempo depois em situação crítica no deserto. Mesmo enfraquecido, Lopez consegue dominar o xerife e algemá-lo, abandonando-o no deserto. Em seu refúgio, sua filha (Fischer) fica ciente da ordem de prisão por assassinato endereçada ao pai. Um grupo de cowboys observa que Manuel se encontra com o cavalo do xerife. Esse, por sua vez, encontrou o cavalo de Manuel e encontrou seu refúgio, mantendo contato com sua filha. Quando o pai se aproxima, a filha o esconde no quarto. Sem saber que os cowboys já estavam bem próximos, ocorre um enfrentamento entre os dois que resulta na morte de Mercedes.

E se a mulher não faz praticamente mais do que se lamuriar o tempo inteiro, quando fala provavelmente sobre quem pertence a casa onde ele se encontra para um xerife algemado, o mesmo consegue uma reação tão ou mais exageradamente dramática que as personagens femininas de então. Raccords de movimento são tentados aqui e quase conseguidos com completo êxito, como quando o ladrão de cavalos sai de seu refúgio. Ou ainda quando o xerife adentra o mesmo recinto. E um pretenso raccord de olhar com a chegada do meliante a sua casa por parte do xerife é ainda menos plausível dado o ângulo em que observamos a chegada do mesmo e o aposento em que o xerife se encontra na casa. Detalhe para que uma das portas abertas apresenta um pequeno vestígio do ambiente externo, algo incomum nas primeras produções da Biograph, onde muitas vezes se via o fundo escuro neutro por trás da porta. A mulher é sacrificada ao ser por, de forma um tanto simbólica, entre os dois revólveres – um de seu pai, o outro do homem do qual parece instantaneamente ter se afeiçoado; curiosamente, como forte sinalizador para as plateias americanas, ela não possui nenhum traço distintivo mexicano, além do nome,  ao contrário do pai, sendo sua virtude e inocência ainda mais facilmente digna de aceitação para o potencial público da época. E isso vale, inclusive, para a forma de se vestir e para o pequeno altar improvisado, à guisa de demonstrar sua forte religiosidade. O pai é o que parece menos comovido ao lado de sua tumba. O filme não pode deixar de ser visto como uma curiosa variação no tema então imperativo do “triângulo amoroso”. Integra a Coleção Jean Desmett.  Vitagraph Co. of America para General Film Co. 13 minutos e 51 segundos.

 

 

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