Filme do Dia: At Coney Island (1912), Mack Sennett
At Coney Island (EUA, 1912). Direção: Mack Sennett. Fotografia: Arthur
C. Miller. Com: Mack Sennett, Mabel
Normand, Ford Sterling, Gus Pixley.
Rapaz (Sennett)
após se desvencilhar de um rival (Pixley) vai com garota (Normand) ao parque. A
garota chama atenção de um homem casado (Sterling), que consegue se divertir
com ela, enquanto toda a sua família e o rapaz os buscam.
Parece ser uma
variação de The Water Nymph, do
mesmo ano, sendo que agora o lúbrico pai de família, vivido também por
Sterling, fantasia aventuras não em uma praia, como naquele, que o faz de forma
ainda mais anárquico por conta da garota ser namorada do filho, mas no célebre parque de diversões de Coney
Island – de quem o filme, de forma mais discreta, tira partido do humor
certamente por ser um divertimento das classes mais populares, através do modo
algo caipira que o casal principal é apresentando, seguindo a tradição do mais
célebre Rube and Mandy at the Coney
Island, de nove anos antes. Ainda mais que naquele, tira-se partido de
alguns brinquedos e atrações do parque. O roteiro não parece ser um elemento
muito privilegiado nessas produções e aqui isso se faz sentir na adição
desnecessária de um outro pretendente além do homem casado com que a garota –
sempre com extrema facilidade – resolve se deixar levar, flerta. De certa
forma, pode se observado com uma variação cômica do “triângulo amoroso” que
infestava as produções dramáticas e de aventura contemporâneas. Destaque para a desfaçatez do personagem de
Sterling, que mesmo observando o filho chorando, renega-o enquanto filho para
continuar se divertindo com a garota, numa anárquica nota do desejo se
sobrepondo às questões ético-sociais e morais que o gênero cômico parece ter
sido ocasionalmente o único herdeiro de produções do Primeiro Cinema. Integrante da Coleção Jean Desmett. Keystone Studios para
Mutual Film. 6 minutos e 23 segundos.
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