Filme do Dia: O Pianista (2002), Roman Polanski
O Pianista (The Pianist, Reino
Unido/França/Alemanha/Holanda/Polônia, 2002). Direção: Roman Polanski. Rot.
Adaptado: Ronald Harwood, baseado no romance de Wladyslaw Szpilman. Fotografia:
Pawel Edelman. Montagem: Hervé de Luze. Dir. de arte: Allan Starski &
Sebastian T. Krawinkel. Cenografia: Gabrielle Wolff. Figurinos: Anna B.
Sheppard. Com: Adrien Brody, Emilia Fox, Michal Zebrowski, Ed Stoppard, Maureen
Lipman, Frank Finlay, Jessica Kate Meyer, Julia Rayner.
O pianista Wladislaw
Szpilman (Brody) e sua família, começam gradualmente a sentir os efeitos da
repressão alemã aos judeus na Polônia ocupada a partir de 1938. Depois de
limitados a uma pequena área geográfica de Varsóvia, aos poucos passam a ser
enviados aos campos de concentração. O grupo acaba tendo a
mesma sorte de milhares de outros só que, na última hora, Wladislaw é libertado
por um conhecido que aprecia seu talento. Com a ajuda de um casal de alemães, a
violencelista Dorota (Fox) e o ator Jurek (Zebrowski), inicia um périplo de
vários meses por diversos esconderijos, sendo testemunha ocular de diversas ações
de guerra. Refugiado, por fim, em um prédio abandonado do que fora o Gueto de
Varsóvia, é descoberto pelo oficial nazista Henryk (Stoppard) que, após
escuta-lo ao piano, não só silencia sobre o fato como passa a lhe trazer
alimentos. Com a invasão soviética, Wladislaw retorna a sua carreira de músico,
enquanto Henryk torna-se prisioneiro dos soviéticos, morrendo na prisão.
De estilo
clássico e bastante diferente de tudo o que Polanski já produziu, essa incursão
pelo passado da Polônia (muito próximo da realidade do próprio cineasta, que
teve a mãe morta em um campo de concentração) se encontra longe de ser
original, além de possuir uma metragem excessiva, provavelmente dada a sua
tentativa de ser o mais fiel possível ao livro. Dito isso, no entanto, não há
como não se render aos seus méritos,
sobretudo por não se dobrar a um sentimentalismo fácil comum às
produções do gênero, assim como ao fazer um excelente uso do repertório
erudito (Chopin, Beethoven e Bach) e
não retratar todos os alemães de forma homogeneizada – ironicamente, por
duas vezes o protagonista deve sua vida aos alemães. Nesse que é o melhor filme
de Polanski desde a década de 1970, mesmo evitando escrever sobre seu próprio
passado, o cineasta inseriu diversos episódios relacionados a ele, relatados
por seu pai, como a cena em que o velho senhor é estapeado por um soldado
alemão. Palma de Ouro no Festival de Cannes.Agencja Produkcji Filmowej/Beverly
Detroit/Canal + Polska/FilmFernsehFonds Bayern/FBB/FFA/Héritage
Films/Interscope Communications/Le Studio Canal +/Mainstream S.A/Meespierson
Film CV/R.P. Productions/Runteam Lmtd./Studio Babelsberg/Studio Canal/TVP. 148
minutos.
Comentários
Postar um comentário