Filme do Dia: Blind Love (1912), D.W. Griffith



Blind Love (EUA, 1912). Direção: D.W. Griffith. Rot. Original: Maie B. Havey. Com: Blance Sweet, Harry Hide, Edward Dillon, Hector Sarno, W. Chrysthie Miller, Kate Toncray, William J. Butler, Joseph McDermott, Alfred Paget.
O que torna mais interessante esse filme hoje é se perceber que, tendo sido sua intenção original ou não (existe a persistência do fundo negro antes do início de cada cena que sugere a possibilidade da existência original de cartelas), comprova que os filmes do realizador sem cartelas, ao menos os que apresentam um enredo rocambolesco, envolvendo diversos personagens como se trata desse, torna-se virtualmente incompreensível sem o uso de cartelas. Ou seja, nada muito diferente dos filmes contemporâneos que necessitavam de uma compreensão anterior dos eventos narrados com os quais tem sido favoravelmente comparados. Caso trate-se da intenção original do realizador, mesmo ela se antecipando a propostas como de certos cineastas expressionistas que buscavam o máximo de expressão em suas narrativas, abdicando do uso de cartelas, algo que achavam demasiado intrusivo, aqui efetivamente não funciona e somente se tem notícia do que realmente ocorre – uma mulher pretende abandonar seu marido por outro homem, mas acaba desistindo no último momento – através de referências externas que do próprio filme. Biograph. 9 minutos e 25 segundos.


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