Filme do Dia: Kyanq (1993), Artavadz Pelechian
Kyanq (Armênia, 1993). Direção, Rot.
Original e Montagem: Artavadz Pelechian. Fotografia: Vahagn Ter-Hakobyan.
Um parto é acompanhado pelo rosto de
angústia, sofrimento ou tranqüilidade da mãe. Filmado em cores, ao contrário do
habitual, esse curta de Pelechian pode ser considerado também sua última
realização (ao menos até 2008), ainda que tenha sido lançado antes de Verj. Parece haver uma relação entre
ambos no sentido de que esse significa “Vida” e o outro “Fim”- ainda que seja
um fim que promete igualmente ser um momento de iluminação tal e qual o fim do
túnel apresentado em seu final. Seus filmes, mesmo tratando por vezes de
motivos filmados mais banais que sejam, sempre acrescentem uma dimensão que vai
além do meramente retratado, poética, configurada aqui por sua maestria em
enquadrar o rosto humano. Essa produção de meados da década de Pelechian mesmo
mantendo sua constante de não explorar diálogos e fazer uso de imagem e som,
como habitual uma canção lírica, distancia-se no entanto de sua produção
anterior por fazer um uso mais ortodoxo da montagem. Aqui, ao final,
acrescenta-se imagens da mãe com sua criança com idade bem mais avançada, o que
sugere uma dimensão autobiográfica. Armenfilm Studios. 7 minutos.
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