Filme do Dia: O Jovem Frankenstein (1975), Mel Brooks


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Jovem Frankenstein (Young Frankenstein, EUA, 1974). Direção: Mel Brooks. Rot. Adaptado: Gene Wilder & Mel Brooks, baseado no romance Frankenstein, de Mary Shelley. Fotografia: Gerald Hirschfeld. Música: John Morris. Montagem: John C. Howard. Dir. de arte: Dale Hennesy. Cenografia: Robert De Vestel. Figurinos: Dorothy Jeakins. Com: Gene Wilder, Peter Boyle, Marty Feldman, Madeline Kahn, Cloris Leachman, Teri Garr, Kenneth Mars, Gene Hackman.
      Neto do barão Frankenstein, Dr. Frederick (Wilder),  sempre procura desvincular sua prática científica das tentativas de reanimação dos mortos que tornara célebre seu avô, Victor. Após ganhar livro que Victor levará ao túmulo, Frederick parte para o castelo na Transilvânia e, extasiado, descobre o laboratório em que as experiências do avô foram realizadas, assim como o livro com indicações suas. Com ajuda do serviçal do castelo, Igor (Feldman) e de Inga (Garr), sua assistente, consegue reanimar a Criatura (Boyle). Porém, pelo comportamento violento da Criatura, Frederick logo percebe que Igor trocara o cérebro do gênio por um anormal. Fugindo para a floresta, a Criatura encontra dissabores com um velho ermitão cego, Harold (Hackman) e conversa com uma jovem garota (Beesley). Porém, Frederick descobre que a música de Frau Blucher (Leachman), ex-amante do barão, adoça o coração da Criatura. Após uma apresentação fracassada para a sociedade, em que executa um número de sapateado com a Criatura, Frederick resolve fazer uma nova experiência de troca de características pessoais entre a Criatura e ele próprio. A invasão do castelo pelos aldeões liderados pelo Inspetor Kemp (Mars), interrompe o processo. Enquanto a Criatura passa a viver com a mulher de Frederick, Elizabeth (Kahn), Frederick une-se a Inga.
Mesmo que algumas características negativas que tornariam-se mais acentuadas nos filmes posteriores do cineasta já se encontrem presentes, como a excessiva dependência da obra a ser satirizada e o excesso de situações que só se explicam pela presença de gags, trata-se, juntamente com Primavera para Hitler, do melhor filme de Brooks. Grande parte de seu sucesso advém do elenco afinado, da bela trilha sonora e da evocação dos filmes de terror da Universal da década de 1930, como Frankenstein, A Noiva de Frankenstein, dirigidos por James Whale e O Filho de Frankenstein de Rowland V. Lee. Nesse tributo-paródia aos clássicos do terror, Brooks chegou ao requinte de utilizar os mesmos cenários das produções originais e uma bela fotografia em p&b. Provavelmente a seqüência mais hilariante seja a da despedida entre Frederick e sua esposa, quando ele não pode tocá-la de forma alguma, pois ela irá a um baile na mesma noite. Brooks aparece em uma ponta, como o pai da menina que conversa com a Criatura. National Film Registry em 2003. 20th Century-Fox/Crossbow Productions/Gruskoff-Venture Films/Jouer Limited. 108 minutos.

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