Filme do Dia: A Festa do Monstro Maluco (1967), Jules Bass
A Festa do Monstro Maluco (Mad Monster Party?, EUA, 1967). Direção: Jules Bass. Rot. Original:
Leo Korokbin & Harvey Kurtzman sob argumento de Arthur Rankin Jr.
Fotografia: Tadahito Mochinaga. Música: Maury Laws.
O Barão Frankenstein convida um grupo
de monstros célebres como o Conde Drácula, o Lobisomem, o Homen Invisível, Dr.
Jekyll/Sr. Hyde, o Corcunda de Notre-Dame e a Múmia, além de seu sobrinho
humano Flanken para anunciar que
encontrou a fórmula de uma bomba de grande potência. Durante a reunião ele confidencia
a Francesca, sua obra-prima, que pretende deixar como herdeiro da fórmula seu
honesto sobrinho. Os monstros, juntamente com Francesca, começam a planejar
como se apoderar da fórmula. Francesca, perseguida por Drácula, joga-se no
fosso do castelo e se apaixona por Flanken. Quando os dois tentam fugir da ilha
são surpreendidos por um gorila gigante, que se apaixona por Francesca. Ela
consegue escapar do monstro, mas o gorila captura todos os monstros com exceção
do Barão Frankenstein, que o ataca com sua esquadra aérea. Após destruir todos
os aviões, o gorila também se apossa de Frankenstein, que solta o tubo de
ensaio com a avassaladora bomba. De longe, Francesca e Franken assistem a
destruição da ilha, enquanto formulam planos para o futuro e fazem revelações
inesperadas.
Essa longa-metragem de animação com
bonecos utilizando a técnica do stop
motion guarda um certo charme em que o humor que satiriza o gênero terror
não chega a ser demasiado escrachado, mantendo ainda algo do próprio gênero que
satiriza (como A Dança dos Vampiros
de Polanski). Visualmente instigante para o público infantil, é repleto de
referências cinematográficas para o adulto. Além das evidentes referências aos
próprios filmes clássicos de horror, há também alusões evidentes a King Kong (1933) e Quanto Mais Quente Melhor (1958), na tocante seqüência final, em
que Flanken afirma que ninguém é perfeito, e repete mecanicamente a mesma frase
tal e qual um robô. Destaque para os espirituosos diálogos e para a seqüência
em que os esqueletos tocam um rock típico da época no jantar de boas vindas de
Frankenstein ao excêntrico grupo. A voz do Barão Frankenstein é de Karloff,
ator que celebrizou o monstro no filme de James Whale. Certamente foi uma das
fontes de influência para filmes mais recentes que utilizam a mesma técnica
tais como O Estranho Mundo de Jack (1993), de Tim Burton. Embassy
Pictures Corp/Videocraft Int. para AVCO Embassy Pictures. 94 minutos.
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