Filme do Dia: A Mulher na Lua (1929), Fritz Lang
A
Mulher na Lua (Frau im Mond,
Alemanha, 1929). Direção: Fritz Lang. Rot. Adaptado: Thea Von Harbou, baseado
em conto dela própria. Fotografia: Curt Courant, Oskar Fischinger, Konstantin
Irmen-Tschet & Otto Kanturek. Dir.
de arte: Joseph Danilowitz, Emil Hasler, Otto Hunte, Karl Vollbrecht. Com:
Klaus Pohl, Willy Fritsch, Gustav von Wangenheim, Gerda Maurus, Gustl
Gstettenbaur, Fritz Rasp.
Wolf Helius (Fritsch) se encontra disposto a empreender uma
viagem à Lua a partir das informações do desacreditado cientista excêntrico
Georg Manfeldt (Pohl), vivendo na miséria desde que foi escorraçado pela classe
científica que não levou à sério suas teorias. Porém, os planos de Manfeldt são
furtados das mãos de Helius pelo ambicioso Walt Turner (Rasp), que faz questão
de integrar a missão. Juntam-se a eles o melhor amigo de Helius, o engenheiro
Hans Windegger (Wangenheim) e sua destemida noiva Gerda Friede Velten (Maurus).
A bordo igualmente vai, clandestino, o garoto Gustav (Gstettenbaur). Após
sofrerem com a pressão, na Lua se encontrarão divididos com interesses diversos
como retornar o mais breve possível (Windegger) ou se sentirem fascinados pelo
ouro a ponto de morrerem (Manfeldt). Gerda demonstra seu interesse por Wolf
que, no entanto, não ousa trair seu amigo. Um conflito entre o último e Turner
resulta na morte de Turner, que atira contra o sistema de oxigênio da nave.
Como resultado apenas três pessoas poderão voltar na nave. Hans e Wolf disputam
na sorte e Hans perde. Wolf dopa Hans e Gerda e pede que Gustav comande a nave
até o retorno à consciência de Hans, decidindo ficar no acampamento improvisado
na Lua, deixando um bilhete para que retorne para buscá-lo. Triste com a
partida do foguete, Wolf descobrirá que Gerda também permaneceu no solo lunar.
Como outros filmes do
cineasta (a exemplo de As Aranhas)
foi dividido em duas partes. Os clichês dos filmes de aventura e a estrutura
melodramática, no entanto, serão acentuados sobretudo na segunda parte, sendo a
primeira, mais interessante, repleta de
tempos mortos em planos que persistem mesmo a ação tendo já transcorrido. Sem
chegar ao exagero de Metropolis,
existem belas trucagens (como a do lançamento do foguete na primeira parte) e
cenografias (como a representação da lua na segunda parte). Possui várias
versões, sendo essa uma das mais completas. 151 minutos.
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