Filme do Dia: Sh-h-h-h-h-h (1955), Tex Avery

 


Sh-h-h-h-h-h (EUA, 1955). Direção e Rot. Original Tex Avery. Música Clarence Wheeler.

Músico que passa a ter problemas clínicos após o barulho ensurdecedor dos metais perto de si, viaja, por recomendação médica, para um hotel nos Alpes suíços, onde todo e qualquer ruído é proibido. Do relógio cuco às comunicações interpessoais, passando pela campainha que chama o carregador das bagagens, tudo se dá através da palavra escrita. Qualquer ruído é repudiado com um shhhh. Porém, quando finalmente o homem se encontra entregue ao sono, um ruído brutal de trombeta e risos assola seu quarto. E, após inúmeras tentativas, ele não consegue se livrar dos ruídos.

Avery, já acomodado aos novos traços da animação comercial da época, brinca com elementos caros à história do cinema, como é o caso da relação entre sonoridades e a palavra escrita. Embora em boa parte de sua curta extensão, fique refém de um tema único, o de afetar os vizinhos que o perturbam. Mas, apesar disso, apresenta um final deliciosamente anárquico, podendo ser interpretado até mesmo como uma evocação da morte de seu protagonista diante da adversidade. Além de uma alusão à sexualidade do “casal” antagonista, que anteriormente havia sido visto em situação bem distinta.| Walter Lantz Prod. para Universal Pictures. 6 minutos e 15 segundos.

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