Filme do Dia: Iola's Promise (1912), D.W. Griffith

 


Iola’s Promise (EUA, 1912). Direção: D.W. Griffith. Rot. Original: Belle Taylor. Fotografia: G.W. Bitzer. Com: Mary Pickford, Alfred Paget, Frank Evans, Dorothy Bernard, Frank Opperman, Charles Hill Mailes, Kate Toncray.

Iola (Pickford) é uma índia que sofre abusos de um grupo de homens brancos de má índole, sendo salva das sevícias deles pelo garimpeiro Jack Harper (Paget). Harper se afeiçoa da ingênua Iola que, por sua vez, apaixona-se por ele e lhe promete descobrir um local onde há ouro. Quando os carroções dos pioneiros se aproximam da região da aldeia indígena. Neles vêm a amada de Jack (Bernard) e seus pais. Os índios atacam barbaramente o grupo. Iola tenta poupar a amada de Jack e seu pai e, após descobrir ouro, é mortalmente ferida por sua própria tribo. Jack testemunha entristecido seu último suspiro. Logo chegam o restante do grupo dos brancos.

Que exista uma sugestão de amor inter-racial, tratado de forma ambígua, sendo a índia objetivo de servitude e de uma visão da “boa selvagem” que a faz transformar em uma branca digna, ao contrário daqueles que a seviciavam evidentemente. Nessa conjunção, é perverso que o amor de Iola se confunda, na cabeça de Jack, com o ouro que ela lhe promete (os pulos de alegria que o moço dá é por conta de se encontrar enlevado por ela ou pela possibilidade de mudar sua sorte no garimpo?). Sem falar que a índia é vivida por ninguém menos que Mary Pickford, o protótipo da grande estrela que se tornará, com todo o gestual típico da sweetheart da época, sendo sua vestimenta indígena e trança não mais que uma fantasia erótica pelo exótico que não chega a se concretizar. Biograph Co. 15 minutos e 43 segundos.

 

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