Filme do Dia: John Lennon: O Mito (2000), David Carson
John Lennon: O Mito (In his Life: The John Lennon
Story, EUA, 2000). Direção: David Carson. Rot. Original:
Michael O´Hara. Fotografia: Lawrence Jones. Música: Dennis McCarthy. Montagem: Lisa Bromwell. Dir.
de arte: Stephen Fineren & Nick Wilkinsom. Figurinos: Diane Holmes. Com:
Phillip McQuillan, Blair Brown, Christine Kavanagh, Gilliam Kearney, Daniel
McGowan, Marc-Rice Oxley, Lee Williams, Jamie Glover, Christian Ealey, Scott
Williams, Pálína Jonsdóttir.
Lennon ((McQuillan) forma uma banda de
rock com os amigos McCartney (McGowan), Stuart Sutcliff (Williams) e Harrison
(Rice-Oxley) na Liverpool do final dos anos 50. Vivendo com uma tia, Mimi
(Brown), Lennon acaba sabendo da morte da mãe (Kavanagh), por atropelamento.
Após uma turnê iniciática por Hamburgo, onde conhecem a estudante de arte
Astrid (Jonsdóttir), o grupo volta para a Inglaterra sem Sutcliff, que vai
morar com Astrid. Tocando no Cavern, eles já são notoriedade local quando o
empresário Brian Epstein (Glover), contrata-os, magnetizado pela postura
rebelde de Lennon. Ao retornarem à Alemanha, um ano após, recebem a notícia da
morte de Sutcliff na véspera. O sucesso e a fama emplacam após a gravação do
primeiro álbum, porém Lennon cede pouca atenção para a mulher Cynthia (Kearney)
e o filho Julian. Despede-se de Mimi, antes de partir para os EUA, na primeira turnê
da banda em solo americano, dando-lhe de presente uma placa com uma mensagem de
que ele nunca conseguiria ganhar a vida com uma guitarra, de autoria dela
própria.
Esse telefilme é mais um da já extensa
galeria de produções mal sucedidas que procuram dramatizar a história dos
Beatles ou de alguns de seus componentes, como é o caso de Tudo Entre Nós. Apresentando todos os lugares-comuns que acompanham
Lennon entre o final dos anos 50 e meados da década seguinte, o filme demonstra
ser dramaturgicamente ineficaz tanto pela precária interpretação da maior parte
do elenco, como por não aprofundar e tornar mais convincente os dramas e
conflitos que descreve, como ocorre em Backbeat
-Os Cinco Rapazes de Liverpool, até o momento desta escrita a melhor
adaptação sobre o grupo, centrado igualmente no período de Hamburgo,
provavelmente por ser mais independente, em termos de construção dramática, da
perigosa armadilha que representa a pretensão de ser um corolário mecânico e
ligeiro de situações registradas pelas biografias da banda. Michael O´Hara
Productions/NBC Studios. 85 minutos.
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