O Dicionário Biográfico de Cinema#161: Mary Harron

 

Mary Harron, n. Bracebridge, Ontario, 1953

1994: Winds of Change (d). 1996: I Shot Andy Warhol [Um Tiro para Andy Warhol]. 1998: episódio de Homicide: Life on the Street [Homicídio]; episódio de Oz. 2000: American Psycho [Psicopata Americano]. 2002: episódio de Pasadena. 2004: epísódio de The L Word. 2005: episódio de Six Feet Under [A Sete Palmos]; The Notorious Bettie Page [Bettie Page]. 2006: episódio de Big Love [Amor Imenso]. 2008: episódio de Fear Itself [Fear Itself: Antologia do Medo]; Holding Fast (c) (co-dirigido com John Walsh). 2010: Sonnet for a Towncar (c) (co-dirigido com Walsh). The Moth Diaries. 2012: Armani (c). 2013: Anna Nicole.

Filha do ator Donald Harron e Gloria Fisher. Posteriormente, o pai casaria-se com a atriz Virginia Leith, e depois com a cantora Catherine McKinnon, enquanto Fisher casaria-se com Stephen Vizinczey, autor do romance In Praise of Older Woman (1965). Mary Harron frequentou Oxford, sendo próxima de Tony Blair - ao mesmo tempo, tornou-se profundamente interessada no movimento punk e redigiu sobre isto como jornalista na Inglaterra. 

Ao chegar aos Estados Unidos, iniciou uma carreira que se concentrou em longas inovadores, sustentado por sua obra em episódios para a televisão. Em Um Tiro para Andy Warhol, Lili Taylor está bastante pertubadora como Valerie Solanas, feminista, autora do movimento SCUM (*), e incipiente psicopata, afetada pela nova cultura dos anos 60. É tanto um violento melodrama quanto um retrato de mudanças comportamentais em relação à arte e a gênero, no  qual Harron saúda Solanas como uma heroína punk desesperada. Psicopata Americano foi um grande salto adiante, e ainda é uma notável comédia soturna sobre depravação, presciente sobre nossa sociedade e abrindo caminhos para outros filmes. Adaptado de um romance de Brett Easton Ellis, é mais chocante e bonito que o livro e o Patrick Bateman de Christian Bale é nitidamente um motivo central no cinema americano mais audaz.

Nada foi tão bom desde então. Harron tem trabalhado com seu marido, John Walsh, e Anna Nicole - feito para televisão e vídeo - é uma tentativa de relatar a absurda notoriedade sexual para o avariado código de beleza feminina. De uma maneira que foi seguida no filme Bettie Page, onde Gretchen Mol interpreta uma modelo infantil levada ao mundo da pornografia. Deixou a indagação se a faceta crítica de Harron foi mais bem servida ao tratar um personagem masculino. 

Texto: Thomson, David. The New Biographical Dictionary of Film. N. York: Alfred A. Knopf, pp. 2160-61.


N. do T: Literalmente "escória", mas esta ou outra tradução desfiguraria o termo original, reduzido e com caráter de apelo. 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Filme do Dia: Der Traum des Bildhauers (1907), Johann Schwarzer

Filme do Dia: Quem é a Bruxa? (1949), Friz Freleng

A Thousand Days for Mokhtar