Filme do Dia: A Trap for Santa Claus (1909), D.W. Griffith
A Trap for Santa Claus (EUA, 1909). Direção: D.W. Griffith. Fotografia: G.W.
Bitzer. Com: Marion
Leonard, Henry B. Walthall, Gladys Egan, John Tansey, Kate Bruce, William J.
Butler, Mack Sennett.
Desempregado e desafogando
constantemente as mágoas no álcool Arthur (Walthall) abandona a esposa Helen
(Leonard) e suas duas crianças à própria sorte. Resta a Helen mendigar pelas
ruas até que a sorte lhe abençoa com a herança de uma tia, provocando-lhe uma mudança
de vida considerável. Na noite de natal, enquanto seus filhos (Egan e Tansey)
nem conseguem conciliar o sono esperando pela chegada do Papai Noel, Arthur
invade a residência com intuito de roubar e é surpreendido por Helen, que o
aceita de volta e sugere que se vista de Papai Noel, para a felicidade das
crianças.
Melodrama rotineiro do realizador que
conta com as habituais expressões de dor e sofrimento nos corpos (mais ainda
que nos rostos, dos quais a câmera nunca se aproxima) de Walthall e, sobretudo,
Leonard, a típica mulher-esposa griffithneana, de passividade enervante, que se
encontra na mesma posição, rodeada pela filha, desde a partida do marido ao bar
até o seu retorno. No mais, o retorno consistente de determinados planos de um
mesmo ângulo, que demarcam a saída dos personagens da casa, destacando sua mísera
modéstia, sendo que da casa burguesa não temos a mesma relação espaço
interior/exterior, involuntariamente demarcando um mundo que se resolve com
mais facilidade sem contato com o espaço externo. Desnecessário afirmar os
golpes de efeito, fundamentais para a narrativa, tais como a providencial
herança que surge exatamente na hora que Helen mais necessita ou o automático
perdão dela ao ex-marido, assim como sua entrada na casa da própria família
justamente na noite de natal. Biograph. 15 minutos e 12 segundos.
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