Filme do Dia: Mabel Lost and Won (1915), Mack Sennett

 



Mabel Lost and Won (EUA, 1915). Direção Mack Sennett. Com Mabel Normand,  Owen Moore, Alice Davenport, Fontaine La Rue, Hugh Fay, Mack Swain, Helen Carlyle.

Mabel (Normand) assumiu um compromisso em uma festa oferecida por sua mãe (Davenport). Ela e o recém-noivo (Moore) são observados no escurinho e quando trocam beijo, a mãe acende a luz da varanda, surpreendendo o casal. Ao investigar quem acendeu a luz, a mãe foge e o noivo volta a apagar a luz. Após interromper novamente o casal, agora pessoalmente, a mãe resolve apresentar o novo casal aos convivas. E passam pela primeira provação, social, e pela segunda, dos ciúmes, pois de um casal de amigos assanhado na festa, o homem (Fay) pede para dançar com Mabel, enquanto a mulher (La Rue) se encontra furtivamente na mesma varanda às escuras, sendo flagrados por Mabel que, chocada, conta tudo à mãe. Inesperadamente, irrompem na festa o marido da vamp (Swain), com seus três filhos. No aposento vizinho, o casal se reconcilia, sobre o olhar enternecido da mãe, que há pouco pedira que o noivo devolvesse os anéis e se retirasse da festa.

Os trajes femininos, com tiaras e plumas a ornarem as cabeças, já antecipam elementos do estilo melindrosas da década seguinte. Há uma tirada completamente inusitada, Deus Ex Machina, mas que não deixa de ser jocosa, pois a sedutora era casada e, ainda por cima, caipira, o que é entregue pela prole numerosa e que solta seus “ma” e “pa”. Destaque para o momento em que a mãe pede o anel de noivado para averiguar a qualidade, cotejando com os seus vários e, por fim, aprovando. E também para a vamp pôr em prática o que havia observado do enlace amoroso do casal na varanda, com a luz apagada. O primeiro plano mais fechado é uma reação de Mabel ao flagrante do noivo com outra, embora não seja o plano que ocorre logo imediatamente após ela perceber. |Keystone Film Co. para Mutual Film. 11 minutos e 9 segundos.

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