Filme do Dia: Cavalheiro das Rosas (1925), Robert Wiene


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Cavalheiro das rosas (Der Rosenkavalier, Áustria, 1925). Direção: Robert Wiene. Rot. Adaptado: Louis Nerz, Hugo von Hofmannstahl & Robert Wiene. Fotografia: Hans Androschin, Ludwing Schaschek & Hans Theyer. Dir. de arte e Figurinos: Alfred Roller, Hans Rouc & Stefan Wessely. Com: Michael Bohnen, Huguette Duflos, Paul Hartmann, Jacque Catelain, Elly Felicie Berger, Carmen Cartellieri, Karl Forest, Friedrich Feher.
A Princesa Werdenberg (Duflos), encontra-se com seu jovem amante, o  Conde Octavian (Catelain), a quem inicia nas artes do amor. Surpreendida por gritos, ela acredita se tratar de seu marido, mas são do primo falido, o Barão Ochs (Bohnen), que recebeu com exilarante alegria, o convite para se casar com a jovem e bela Sophie (Berger). Como é costume, o Barão deve entregar uma rosa de prata para a pretendente.  Octavian se traveste como Mariandel, para evitar que saibam de sua relação com a Princesa. A Princesa envia a rosa de prata para que seja entregue a Sophie por Octavian.  Quando esse a entrega, uma paixão mútua entre os dois surge de imediato. O Barão, com seu jeito grosseiro, provoca péssima impressão em Sophie, que é flagrada pelo mesmo se beijando com Octavian. Uma disputa de espadas ocorre entre os dois, sendo o barão ferido no braço e Octavian expulso do palácio. Octavian manda uma mensagem marcando um encontro de Mariandel com o Barão. Esse morde a isca e vai ao encontro do travestido Octavian.  “Flagrados” pela polícia, o Barão se torna vítima da pilhéria de todos.
O que mais chama a atenção no filme são seus exuberantes enquadramentos e a audácia em termos narrativos, fazendo uso de flashbacks bastante complexos. Porém, com relação a segunda empreitada essa se torna bem menos sucedida, em parte pela quantidade de personagens e subtramas envolvidas e em parte provavelmente pelo filme não ter sobrevivido em sua inteireza, na verdade tendo sido redescoberto muito tempo após dado como perdido – seus minutos finais são reconstituídos através de poucos stills, cartelas e tela negra. Um de seus momentos mais hilários é o que Barão se personifica enquanto tal para receber o mensageiro que traz o convite da família burguesa de Sophie, que pretende adentrar o círculo aristocrático. Sua bufonaria, mesmo menos brilhante, é sem dúvida mais discreta que a interpretação de Emil Jannings para um personagem semelhante no Tartufo de Murnau – provavelmente não é mera coincidência que o libreto  de von Hofmannstahl  tenha sido parcialmente inspirado em uma peça de Moliére. Tanto von Hofmannstahl quanto Strauss, autores da ópera de 1907, colaboraram com a produção. Pan-Film.  105 minutos.


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