Filme do Dia: King Klunk (1933), Walter Lantz



King Klunk (EUA, 1933). Direção: Walter Lantz. Música: James Dietrich.

Episódio da série animada com Pooch, the Pup, que não foi comercialmente exibida no Brasil e apresenta uma primeira sátira ao recente mega-sucesso King Kong, lançado menos de seis meses antes, e sem créditos para direção. Seguindo elementos básicos da trama do filme, deve-se observar apenas que dentre os elementos paródicos se encontra uma personagem africana que se apaixona por Pooch, conseguindo a animação elevar ainda mais o grau de racismo já existente em seu original, no momento em que Pooch toma um tremendo susto ao perceber que sua jovem namorada branca fora substituída por uma garota africana de lábios carnudos e fitinhas no cabelo, mais alusivas a um estereótipo das crianças negras do sul dos Estados Unidos que propriamente africanas. O gorila recebe flechadas no traseiro do cupido para ter sua paixão pela namorada de Pooch atiçada (recurso já entrevisto no anterior A Wet Night, da série do coelho Osvaldo). Assim como a radical morte do gorila, que se transforma imediatamente em esqueleto após ter seu corpo incendiado. O que havia sido motivo de “terror” no filme original, a animação procura trabalhar sob a chave do humor negro, como o gorila “apertando” um prédio ao subir e a cada apertada fazendo expelir dezenas de pessoas chão abaixo. Nota-se também que no esforço para tentar ser minimamente fiel aos principais momentos do filme, a animação finda por se tornar um pouco mais longa do que o padrão habitual. Destaque para o hilário momento em que King abre o seu peito e mostra o conjunto de tambores que fazem ressoar suas batidas no peito, ao mesmo tempo que servem de amortecedores para as balas. Universal Pictures/Walter Lantz para Universal Pictures. 9 minutos.

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