Filme do Dia: Il primo duello di Polidor (1913), Polidor




Il Primo Duello di Polidor (Itália, 1913). Direção: Polidor. Com: Polidor.
Alfaiate faz a entrega de um casaco a um homem de porte aristocrático que utiliza de suas destreza com a esgrima para não pagar a conta. Revoltado, o alfaiate o persegue em vários ambientes e, num restaurante, decide se preparar para um duelo com o contendor. Desastrado, tenta aulas de esgrima sendo escorraçado pelo instrutor. No momento do duelo, no entanto, inesperadamente vence o aristocrata.
Faz parte de uma profícua série que transformaria seu protagonista e realizador, Ferdinand Guillaume, simplesmente em Polidor – embora ele já tivesse investido antes em outro personagem com o qual também realizaria diversos curtas mas de vida mais breve, Tontolini. Com todas as limitações do humor contemporâneo, mais centrado na ação física que propriamente psicológica de seus personagens, Polidor consegue extrair mais humor que boa parte de seus correspondentes contemporâneos norte-americanos, sobretudo de situações como a que se encontra subjugado pela bengala do homem que cobra e quando tenta se levantar da calçada sendo novamente submetido pelo seu algoz a mesma posição, numa coreografia algo evocativa e antecipatória do surrealismo e dadaísmo da década seguinte. O filme também procura tirar partido da assimetria, em termos de estatura, do alto aristocrata e do baixinho Polidor, que mais parece uma criança atarantada.  Sua carreira cinematográfica sucumbe antes mesmo do final do mudo, mas ele retornaria ao cinema falado, com relativo destaque em suas participações de final de carreira em filmes de Pasolini (Accattone - Desajuste Social), Ferreri (Leito Conjugal) e sobretudo Fellini (Noites de Cabíria, 8 e ½ e A Doce Vida).  Pasquali e C. 6 minutos e 48 segundos.

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