Filme do Dia: O Grande Ditador (1940), Charles Chaplin
O
Grande Ditador (EUA, 1940). Direção e Rot.Original: Charles Chaplin. Fotografia:
Karl Struss & Roland Totheroh. Música: Meredith Wilson & Charles
Chaplin. Montagem: Willard Nico. Dir.
de arte: J. Russell Spencer. Cenografia: Edward G. Boyle. Figurinos: Ted
Tetrick. Com: Charles Chaplin, Paulette Godard, Jack Oakie, Reginald Gardiner,
Henry Daniel, Billy Gilbert, Grace Hayle, Maurice Moscovitch.
Um barbeiro judeu na Tomânia (Chaplin), amnésico desde a
queda de um avião em combate na I Guerra Mundial entra em conflito com soldados
judeus, sendo salvo no último minuto pelo oficial tomanês (Gardiner)que ajudou
a salvar a vida e despertando a simpatia de outra moradora do gueto, Hannah
(Godard). Enquanto isso, o ditador da Tomânia Adenoid Hynkel (Chaplin) promete
uma trégua aos judeus se conseguir obter financiamento de um grande banqueiro
judeu. Como não consegue, a repressão continua. Hynkel é preso, confundido com
o barbeiro, enquanto o barbeiro é recebido com honras e participa da invasão do
país em que havia se refugiado a comunidade judaica, incluindo sua amada.
Última grande obra de Chaplin (mesmo que Monsieur Verdoux demonstre ainda o vigor
de seu talento), audaciosa em sua explicita e então precoce sátira de
contrapropaganda aos regimes nazi-fascistas europeus (foi proibido no Brasil,
Espanha e todos os países ocupados pela Alemanha), no momento em que os
próprios Estados Unidos ainda se encontravam em situação de neutralidade na
Segunda Guerra. Precocidade ainda mais
acentuada quando se sabe que o projeto se iniciou 3 anos antes. Repleto de
momentos saborosos, sendo o maior deles talvez a chegada à Tomânia do ditador
italiano que é uma sátira de Mussolini, Napaloni e com seqüências que se
tornaram célebres nas antologias do cinema como a que Hynkel se diverte
puerilmente com o globo terrestre, foi a primeira produção em que Chaplin
finalmente resolveu fazer uso de diálogos. Sua sátira ao regime nazista
antecipa de muito tentativas posteriores e nem de longe tão bem sucedidas de se
fazer humor a partir de temas semelhantes, como A Vida é Bela e O Trem da
Vida, na década de 90. Chaplin foi engenhoso até na sua hilária referência
a uma célebre seqüência de O Triunfo da
Vontade (1936), de Leni Riefensthal, em que o ditador se move em carro
aberto em meio à multidão após beijar uma criança. Aqui todas as estátuas se
posicionam na típica saudação fascista. Mesmo incluindo seu longo apanágio
final às virtudes democráticas, seu tributo a um sentimentalismo sempre
presente nos finais chaplinianos, associado aqui à dimensão ideológica, o filme
soa bem menos esquemático que as produções de propaganda realizadas
posteriormente. National Film Registry em 1997. Charles Chaplin Productions para United Artists. 124 minutos.
O filme, um clássico.
ResponderExcluirChaplin, um gênio.
Beijo Cid.
Beijo Beth, excelente dia para você!!
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