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Guia Crítico de Diretores Japoneses#12: Ryūichi Hiroki

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 HIROKI, Ryūichi n. 1 de janeiro de 1954 廣木隆一 Um dos diretores que se graduou do "cinema rosa" (1) para o cinema comercial, Hiroki tem permanecido talvez o mais fiel a suas origens: continua a realizar filmes sobre temáticas sexuais, ainda que o sensacionalismo tenha cedido lugar à análise. Nos anos 80, após ser assistente ao prolífico diretor "rosa" Genji Nakamura, realizou filmes pornográficos para públicos tanto hétero quanto gay; da mesma forma, seu primeiro longa-metragem para público mais amplo, 800: Two Lap Runners  (1994), explorou sentimentos tanto hétero quanto homossexuais em sua história de uma relação entre um corredor adolescente e a antiga namorada de um colega de trilha com quem havia vivido uma experiência sexual.  O filme seguinte de Hirkoki, Shojô Tsubaki: Chika Gentô Gekiga  ( Midori , 1996*) foi outro drama sobre emoções adolescentes, focando em uma garota ginasial insatisfeita que finge se encontrar doente para passar o tempo com seu namorado. ...

Filme do Dia: The Masseurs and a Woman (1938), Hiroshi Shimizu

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  T he Masseurs and a Woman ( Anma to Onna , Japão, 1938). Direção e Rot. Original Hiroshi Shimizu. Fotografia Masao Saito. Música Senji It ō. Dir. de arte Minoru Esaka. Cenografia Shintar ō Mishima. Figurinos Tetsuz ō Shibata. Cabelos Sueko End ō . Com: Mieko Takamine, Shin Tokudaiji, Shin’ichi Himori, Jun Yokoyama, Shin Saburi. Dois massagistas cegos, Toku (Tokudaiji) e Fuku (Himori) vão prestar seus serviços em uma localidade que possui uma concorrida pousada, onde se encontra uma garota solitária de Tóquio (Takamine), por quem Toku se sente atraído. Quem também se sente enlevado pela garota é Shintar ō , um homem solteiro de Tóquio que chega na pousada com seu sobrinho. Começa a ocorrer uma onda de furtos, e Toku, temendo que a garota venha a ser presa, pois acredita ser ela a autora, a ajuda a fugir e vem a descobrir que ela está apenas tentando fugir de um patrão ao qual não gosta. Há uma construção visual verdadeiramente excêntrica em relação a um cinema mais fe...

Filme do Dia: Le Billet de Banque (1906), Louis Feuillade & Alice Guy

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  L e Billet de Banque (França, 1906). Direção Louis Feuillade & Alice Guy. Um casal elegante é atacado por uma dupla de malfeitores, numa calçada citadina semi-deserta. Graças a intervenção de uma testemunha, trajando-se de forma maltrapilha,   a ação é sustada e os criminosos fogem. Os ofendidos pela ação da dupla o recompensam regiamente. Porém, por onde anda, o homem não consegue trocar a nota alta que lhe foi dada pelo casal. Nem mesmo em um restaurante chique, onde a apresentação da mesma escandaliza o garçom, que chama o gerente. Policiais são chamados e o homem levado à delegacia. Após relatar sua narrativa, é liberado. Encontra um homem se banhando e se apossa de suas boas vestes, deixando as suas para o banhista. Porém deixa na roupa a nota de elevado valor. E volta ao restaurante chique, sem encontrar mais o dinheiro, após a refeição concluída. Os policiais o levam novamente à delegacia, onde o homem roubado já explica o ocorrido, e ele consegue finalmente tr...

Filme do Dia: Alma (2009), Rodrigo Blaas

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  A lma (EUA/Espanha, 2009). Direção e Rot. Original: Rodrigo Blaas. Música: Nacho Mastretta. Dir. de arte: Alfonso Blaas. O maior charme dessa animação é que sua aparente singeleza acaba revelando, na verdade, uma peça de humor negro. Garota numa cidade em pleno inverno  se sente atraída por um boneco, vestido semelhante a ela, que se encontra em uma loja de brinquedos. Após, com muito esforço, conseguir atingi-lo, torna-se ela própria a próxima atração da vitrine. Ou seja, todos os bonecos que lá se encontram foram crianças reais movidas, provavelmente, pela mesma curiosidade. Blaas é animador que contribuiu com diversos longas como Procurando Nemo e Wall-E  5 minutos e 25 segundos.

Filme do Dia: Crissie Sheridan (1897), William Heise

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C rissie Sheridan (EUA, 1897). Fotografia William Heise. Um exemplar um pouco tardio das então bastante populares “danças da serpentina”, ao menos nesta cópia sem colorização, com a artista que lhe dá titulo, provocando efeitos com sua roupa em várias camadas, e que curiosamente parece finalizar seu número um pouco antes da filmagem, e aí novamente começar a se movimentar. Em alguns momentos a artista fica virtualmente invisível diante do protagonismo das roupas em movimento saracoteante. Produzido por William K.L. Dickinson. |Edison Manufacturing Co. 40 segundos.

Filme do Dia: Christmas Comes But Once a Year (1936), Dave Fleischer

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  C hristmas Comes But Once a Year (EUA, 1936). Direção: Dave Fleischer. Música: Bob Rothberg, Tot Seymour & Sammy Timberg. Na noite de natal, todas as crianças de um orfanato se divertem por pouco tempo, pois os presents que recebem logo se desfazem em suas mãos de tão velhos que são. Ouvindo o choro das crianças quando passa diante do orfanato, Professor Grampy resolve se travesir de Papai Noel e improvisar dezenas de brinquedos a partir das bugigangas que possui em sua oficina. O resultado é a volta da alegria das crianças. Esse é o único curta no qual o personagem do Professor não aparece acompanhado de uma das mais célebres criações de Fleischer, Betty Boop. A canção-título, tal como em outros filmes da série Color Classics, ganha destaque, assim como uma completa“higienização” de referências dirigidas particularemente ao universo adulto, sendo aqui igulmante destituído de uma certa astúcia que acompanha até mesmo os outros títulos da comportada série. Fleischer Studio...

Filme do Dia: Karl May (1974), Hans-Jürgen Syberberg

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  K arl May (Al. Ocidental, 1974). Direção: Hans-Jürgen Syberberg , a partir do romance de Karl May. Fotografia: Dietrich Lohmann. Música: Eugen Thomass. Montagem: Ingrid Broszat & Annette Dorn. Dir. de arte: Nino Borghi. Figurinos: Astrid Six. Com: Helmut Käutner, Kristina Söderbaum, Käthe Gold, Attila Hörbiger, William Trenk, Madi Rahl, Lil Dagover, Rudolf Prack. Próximo ao final da vida, o célebre escritor Karl May (Käutner), passa a ter vários dos créditos conquistados ao longo dos anos, sobretudo em termos da popularidade de seus romances, questionados por acusações que incluem desde a baixa qualidade de sua produção literária até o fato de ter omitido sobre os romances eróticos que escrevera na sua juventude passando por acusações de que nunca teria saído da Saxônia e que teria cometido um assassinato e vários furtos. Após separar-se de sua primeira esposa, Emma (Söderbaum), Karl May se casa com a já amante e então amiga de Emma, Klara (Gold), sendo a primeira mulher um...