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O Dicionário Biográfico de Cinema#227: Sir Noël Coward

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  Sir Noël Coward  (1899-1973), n. Teddington, Inglaterra H ouve uma época,  mais ou menos por volta dos últimos quinze anos de sua vida, quando você poderia acreditar - se fosse inclinado - que uma vigorosa, viril e rude geração estava emergindo, de um "creme cowardiano", dos palcos britânicos. E igualmente uma boa coisa? Para muitos que cresceram nesta época, Coward era um pouco misterioso: suas últimas peças não eram muito boas; sua pose enquanto modelo de boas maneiras foi considerada afetada ou esnobe; e, aos bem intencionados, a decisão de ir direto ao ponto deixou pouco espaço para Coward. Ele e as maledicências de Brief Encounter  [ Desencanto ] (45, David Lean ) haviam se tornado datados, e eu ouso dizer que isso o machucou, pois uma parte dele era terrrivelmente ansiosa de ser atual (ainda que uma vez, à la Wilde, disse que nenhuma outra busca lhe deixaria parecendo mais antiquado). E , no entanto, se tomemos um filme como North by Northwest [ Intriga Internacional

Filme do Dia: Performance (1970), Nicolas Roeg & Donald Commell

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  Performance (Reino Unido, 1970). Direção: Nicolas Roeg & Donald  Cammell. Rot. Original: Donald Commel. Fotografia: Nicolas Roeg. Música: Jack  Nitzsche. Montagem: Antony Gibbs & Brian Smedley-Aston. Dir. de arte: John  Clark. Cenografia: Peter Young. Figurinos: Emma Porteus. Com: James Fox, Mick  Jagger, Anita Pallenberg, Michèle Breton, Ann Sidney, John Bindon, Stanley  Meadows, Allan Cuthbertson.         Gangster que se compraz em espancar suas vítimas, Chas (Fox) decide  fugir do universo violento em que vive, ameaçado que se encontra por seu  próprio grupo, para se refugiar no improvável inferninho que é a morada do  misterioso Turner (Jagger), um astro de rock em franca decadência e paraíso das  drogas e do amor livre, compartilhado por Pherber (Pallenberg) e Lucy (Breton).  Lá vivencia experiências de drogas que transformam sua percepção. A farra, no  entanto, não dura muito tempo. A gangue identifica o local onde se encontra,  numa de suas ligações.            O filme

Dicionário Histórico de Cinema Sul-Americano#97: Héctor Olivera

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  OLIVERA, Héctor .   (Argentina, 1931). Mais conhecido como escritor/diretor de filmes políticos - La Patagonia Rebelde  (1974), No Habrá más Penas ni Olvido  (1983); e La Noche de los Lápices  (1986) - Héctor Olivera foi também um prolífico produtor de filmes comerciais argentinos. Nascido em Olivos, Buenos Aires, começou a trabalhar no cinema aos 17 anos como assistente de direção em Esperanza  (Chile/ Argentina , 1949). Trabalhou pela primeira vez como assistente de produção em 1951 ( Pasó en mi Barrío ) e então, com somente vinte e cinco anos, formou sua própria companhia produtora com Fernando Ayala ,   Aries Cinematográfica Argentina . Olivera co-produziu El Jefe  (1958), de Ayala, juntamente com o diretor, e produziu mais oito filmes, antes de dirigir seu primeiro filme, a comédia Psexoanálisis , em 1968, da qual também escreveu o roteiro. Após dirigir outra comédia e um punhado de documentários/musicais com Ayala, Olivera encontrou o seu nicho em 1973 com a comédia/drama Las V

Filme do Dia: Little Blabbermouse (1940), Friz Freleng

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  L ittle Blabbermouse (EUA, 1940). Direção: Friz Freleng. Rot.Original: Ben Hardaway. Música: Carl W. Stalling. Montagem: Treg Brown. Um rato serve de guia a um grupo de semelhantes em uma visita a uma drugstore. A um determinado momento, todos os produtos da mesma começam a cantar e dançar. Produto típico da série Merrie Melodies , concorrência direta  e menos bem sucedida às Silly Simphonies da Disney. A mesma situação, incluindo o ratinho pequeno que não para de falar que dá nome ao título, foi adaptada sem qualquer dose de criatividade em Shop Look & Listen , produzido no mesmo ano. Leon Schlesinger Studios para Warner Bros. 8 minutos e 11 segundos.

Filme do Dia: The Bitter Bit (1899), James Bamforth

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  T he Bitter Bit (Reino Unido, 1899). Direção James Bamforth. Homem pressiona a mangueira com a mão, impedindo o fluxo de água de circular. O homem que regava o jardim estranha e observa a saída da mangueira, quando o homem retira o pé da mesma, esguinchando água sobre. O brincalhão se encontra escondido atrás de uma árvore e quando o alvo de sua brincadeira percebe tudo vai atrás dele, que utiliza a própria árvore para tentar fugir do outro, mas é capturado pelo mesmo que o molha com a mangueira. Bamforth não parece alguém propriamente criativo. Das três produções sobreviventes de sua autoria, ao menos duas são cópias de filmes alheios – no caso de The Kiss in the Tunnel , de um homônimo com enredo similar. E, pior que isso, consegue piorar seus copiados. No caso deste. Com mais tempo para apresentar sua “história” que o célebre O Regador Regado , de quatro anos antes, dos Lumière, uma boa parte do seu tempo é gasta em uma inverossímil brincadeira no estilo pega-pega entre os do

Filme do Dia: 1971: O Ano em Que a Música Mudou o Mundo - Starman (2021)

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  1 971: O Ano em Que a Música Mudou o Mundo ( 1971: The Year That Music Changed Everything - Starman , EUA, 2021). Montagem Sam Blair. Em um movimento que ocorre ao longo da série em 8 partes, do qual esse é o último episódio, parece haver idas e vindas como em uma onda. Aqui se retorna novamente a discutir uma Inglaterra que arrisca voltar aos tempos pré-Beatles, em termos de conservadorismo – e observamos os senhores andando com seus chapéus coco típicos, e um deles sendo ofensivo a um repórter que busca indagar algo nesse sentido dele. E também o retorno a Bowie e John & Yoko.   E quando se utiliza uma canção de Yoko para auxiliar a ilustrar o tema do conservadorismo, parece também se buscar uma valorização que vá contra o apagamento da figura feminina, como ela vivenciou à época, independente da qualidade de sua música. E movimentos de cunho fascista reivindicam uma Inglaterra para os brancos. E escutamos Bob Marley, que também contribuiu com o fantástico repertório do ano,

Filme do Dia: A Victorian Lady in Her Boudoir (1896), Esme Collings

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  A   Victorian Lady in Her Boudoir (Reino Unido, 1896). Fotografia Esme Collings. A composição algo roliça da mulher a se despir é tão testemunho de padrões de beleza distintos dos olhos que observam esta produção com a distância de bem mais de um século, e tão recorrentes nas imagens da época quanto a inescapável função voyeurística do cinema, em termos mais propriamente libidinosos, desde o início das imagens em movimento. Ela se despe em meio a duas cadeiras, que servirão como cabides improvisados onde depositará suas extensas vestes,  e um cenário que busca emular o quarto íntimo ( boudoir para os franceses) da senhora. O fato de ser uma dama da era vitoriana traz um sabor a mais. Como boa stripper , valoriza seu passe, ao sugerir mais que se expor por completo, detendo-se na última peça, uma camisola a qual se pode adivinhar, mais pelos seios que propriamente pelo sexo, que se encontra nua depois deste último obstáculo. A estratégia de se despir, no entanto, emula o naturalis