Filme do Dia: The Bitter Bit (1899), James Bamforth

 


The Bitter Bit (Reino Unido, 1899). Direção James Bamforth.

Homem pressiona a mangueira com a mão, impedindo o fluxo de água de circular. O homem que regava o jardim estranha e observa a saída da mangueira, quando o homem retira o pé da mesma, esguinchando água sobre. O brincalhão se encontra escondido atrás de uma árvore e quando o alvo de sua brincadeira percebe tudo vai atrás dele, que utiliza a própria árvore para tentar fugir do outro, mas é capturado pelo mesmo que o molha com a mangueira.

Bamforth não parece alguém propriamente criativo. Das três produções sobreviventes de sua autoria, ao menos duas são cópias de filmes alheios – no caso de The Kiss in the Tunnel, de um homônimo com enredo similar. E, pior que isso, consegue piorar seus copiados. No caso deste. Com mais tempo para apresentar sua “história” que o célebre O Regador Regado, de quatro anos antes, dos Lumière, uma boa parte do seu tempo é gasta em uma inverossímil brincadeira no estilo pega-pega entre os dois. Diferenciando-se da produção do país do outro lado do Canal da Mancha, aqui é represália é feita com o mesmo instrumento do qual foi vítima – descontada a existência de uma outra versão dos Lumière que já fazia uso desta opção, no original sendo palmadas, o que não funcionaria para cá, tratando-se de dois adultos. Ao invés do pé, o trocista faz uso da mão, há a existência de um terceiro elemento em cena, aparando a grama, que apenas observa tudo sem parar sua atividade, e ao final os dois desembestam rumo a câmera, quando nos Lumière se havia já pensado estrategicamente numa saída perpendicular que não poria em risco o dispositivo a filmar. No caso resenhado, um dos homens visivelmente parece se assustar com a proximidade da câmera e muda de rota de uma forma nada natural. |Bamforth Films/Riley Brothers. 58 segundos.

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