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Filme do Dia: Os Amantes de Florença (1954), Carlo Lizzani

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  O s   A mantes de Florença ( Cronache di Poveri Amanti , Itália, 1954). Direção: Carlo Lizzani. Rot. Adaptado: Sergio Amidei, Giuseppe Dagnino, Massimo Mida & Carlo Lizzani,  a partir do romance homônimo de Vasco Pratolini. Fotografia: Gianni Di Venanzo. Música: Mario Zafred. Montagem: Enzo Alfonzi. Dir. de arte e Cenografia: Pek G. Avolio. Figurinos: Werther. Com: Gabriele Tinti, Antonella Lualdi,   Marcello Mastroianni , Anna Maria Ferrero, Wanda Capadoglio, Adolfo Consolini, Giuliano Montaldo, Eva Vanicek, Mario Piloni. Florença, 1925. O jovem tipógrafo Mario (Tinti) se move para a Via del Corno para ficar próximo de sua namorada, Bianca (Vanicek). Lá, fica próximo dos anti-fascistas Ugo (Mastroianni) e Maciste (Consolini). O dono de uma pizzaria Alfredo (Montaldo),é agredido por não colaborar com os fascistas. Recém-casado com Milena (Lualdi), Alfredo convalesce no hospital. Numa de suas visitas ao enfermo, Mario se apaixona por Milena. Ugo e Maciste empreendem uma arriscada

Dicionário Histórico de Cinema Sul-Americano#50: Animação (Parte II)

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  Bolivia . Emeterio , o primeiro longa animado do país, foi realizado em 1965 e é hoje aparentemente de difícil acesso. O curta Paulina y el Condór  (1994), de Marisol Barrigán, no qual um condor salva uma garota Aymara de ser forçada a trabalhar como empregada em La Paz, atraiu alguma atenção crítica. Graças à Internet, ainda mais interesse tem sido gerado pelo curta de tema ecológico de 10 minutos Abuela Grillo  (2009, Dennis Chapon), uma colaboração entre animadores bolivianos e o Workshop de Animação da Dinamarca. E é interessante tanto por seu conteúdo, que lida, embora suavemente, com uma questão política contemporânea na Bolívia, a privatização dos recursos hidrícos, e torná-lo disponível para um grande público internacional, é um testamento de como a nova tecnologia tem, em alguma medida,  democratizado a produção e a distribuição da produção. Brasil . Quase ao mesmo tempo que Cristiani realizava seu politicamente motivados filmes de animação pioneiros em Buenos Aires, o proem

Filme do Dia: Tengu Taiji (1934), Noburô Ôfuji

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  T engu Taiji (Japão, 1934). Direção: Noburô Ôfuji. Por muito que se perca ao não se encontrar a par de tradições culturais nipônicas nesse curta de animação, observa-se aqui uma garota que aparentemente ao quebrar, por equívoco, um pote em um ritual sagrado fica vulnerável ao ataque dos tengus, seres da mitologia japonesa considerados como fomentadores da guerra, ainda que posteriormente tal visão tenha se tornado mais flexível, inclusive o considerando como uma divindade protetora. Os tengus ganham duas representações clássicas e ambas se encontram presentes nessa animação. A primeira é a das figuras de porte humano e rosto de pássaro. A segunda, somente entrevista próximo ao final, é a da representação humana, mas com nariz exageradamente grande.   Ôfuji, mais bem humorado que a maior parte da produção contemporânea nipônica, faz uso de gags tanto sutis (como é o caso do Tengu cujo bico extrapola o limite do círculo com que os personagens por vezes são emoldurados em destaque – a

Filme do Dia: A Última Gargalhada (1924), F.W. Murnau

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    A   Última Gargalhada ( Der Letzte Mann , Alemanha, 1924). Direção: F.W. Murnau. Rot. Original: Carl Mayer. Fotografia: Robert Baberske & Karl Freund. Música: Guiseppe Becce. Montagem: Edgar G. Ulmer, Robert Herlth & Walter Röhrig. Com: Emil Jannings, Maly Delschaft, Max Hiller, Emilie Kurz,  Hans Unterkicher, Olaf Storm, Hermann Vallentin, Emmy Wida. Porteiro de hotel (Jannings), perde toda a dignidade após descobrir que, devido a sua avançada idade, foi transferido para servente de banheiro. Acostumado a impor respeito no bairro humilde onde mora, com seu engalanado uniforme, tem que roubá-lo para continuar mantendo as aparências. Porém não conseguirá mantê-las por muito tempo, já que a tia do noivo de sua sobrinha leva seu almoço no hotel e descobre tudo, afastando-se dele. Desesperado e quase catatônico, ele desperta críticas dos hóspedes. Porém, um milionário, compadecido da sua situação, reserva sua herança para ele e sua vida repetinamente transforma-se, quando  

Filme do Dia: Shishkabugs (1962), Friz Freleng

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  S hishkabugs (EUA, 1962). Direção: Friz Freleng. Rot. Original: John W. Dunn. Música: William Lava. Montagem: Treg Brown. Eufrasino, o cozinheiro real, está tendo dificuldades de agradar o paladar exigente do Rei. A súbita aparição de Pernalonga faz com que ele tente cozinhá-lo em um prato sofisticado. Porém, evidentemente, a situação se reverte em pouco tempo e Pernalonga passa a ser o cozinheiro real, deliciando o Rei com uma simples cenoura.                Nos anos finais da série Looney Tunes, mesmo tentando se manter o estilo original da ironia dos desenhos clássicos das duas décadas anteriores, e com um de seus principais animadores, como é Freleng,  perde-se – e muito – em termos dos traços dos desenhos e da direção de arte, grotescos em relação ao original, como na própria sutileza e argúcia dos diálogos. O rei é uma paródia de Charles Laughton. Warner Bros Pictures. 5 minutos.

Filme do Dia: O Diabo Riu por Último (1953), John Huston

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  O   Diabo Riu por Último ( Beat the Devil , EUA/Itália/Reino Unido, 1953). Direção: John Huston. Rot. Adaptado: John Huston & Truman Capote baseado no romance de James Helvick. Fotografia: Oswald Morris. Música: Franco Mannino. Montagem: Ralph Kemplen. Dir. de arte: Wilfred Shingleton. Com: Humphrey Bogart, Jennifer Jones, Gina Lollobrigida, Robert Morley, Peter Lorre, Edward Underdown, Ivor Barnard, Marco Tulli, Bernard Lee, Manuel Serano. Billy Dannreuther (Bogart) é um escroque a serviço do aventureiro espertalhão Peterson (Morley), que se envolve na Itália com a inglesa Gwendollen (Jones), mulher do aristocrata Harry Chelm (Underdown), enquanto sua esposa, Maria (Lollobrigida) se interessa por Chelm. O grupo fica atiçado com a declaração de Gwendollen de que Harry possui uma mina de urânio em suas terras na África. Paterson decide partir de avião com Billy, mas o carro que levava suas bagagens cai em um precipício. Todos pensam que eles se encontram mortos e Gwendollen reve

Filme do Dia: Felix Minds the Kid (1922), Otto Mesmer

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  F elix Minds the Kid (EUA, 1922). Direção: Otto Mesmer. Felix se encontra faminto e tenta a sorte em um mercado de peixe sem sucesso. Quando já decide encarar uma bota velha, ele é chamado por um pai aflito para cuidar de sua chorona criança em troca de comida. A criança acaba se tornando um balão e voa pelos céus da cidade até ser furada por um pássaro. Felix a acolhe com o carrinho de bebê. Enquanto Felix vai comprar um doce para a criança, essa se agrega a uma creche de crianças da mesma idade. Quando Felix finalmente descobre seu destino ela se encontra em meio a dúzias de crianças semelhantes. Ele tenta atraí-la para casa com um doce, mas todas vão junto. Muitos são os momentos inspirados nessa animação. Dentre eles o momento em que Felix exclama, desesperado, que talvez a fome seja mesmo seu destino, situação que se repete com freqüência e que dá uma tônica marginal-anárquica ao seu caráter. Ou ainda quando a criança grita tão fortemente que Felix se apoia na exclamação do