Meu Caro Diário, 11/09/2005
(...) Foi só me vangloriar de que havia superado
essa etapa para o desejo vir não incontrolável, mas necessário. Depois de uma
consulta nonsense com um clínico
geral onde falei a respeito do formigamento na altura do pulmão e que ele
passou uma centena de exames inclusive uma “chapa do peito” acabei (...). Ontem o dia estava belo e intenso,
como a própria Alessandra, companheira de moradia de Orlando, afirmara.
Chamei-a para assistir um filme japonês comigo no CCSP e fiquei lendo a biografia
de Mishima, que leio a conta-gotas toda vez que vou ao mesmo. Quando estava no
auge da leitura e do relaxamento, como se estivesse numa praia, um dos momentos
que me lembro de ter me sentido mais relaxado aqui em São Paulo, sentado numa
cadeira individual na seção de leitura de jornais – a sala do audiovisual
estava já completamente ocupada - e com o pano já completamente amarrotado, com
água mineral, guia cultural da Folha de São Paulo, livro sobre Ozu (que nem
cheguei a folhear) do lado e lendo a biografia. Porém, o depois não foi tão
auspicioso. Encontrei Alessandra já na fila para entrar na sala de cinema, mas
não houve projeção por defeito no sistema de som. Entre as várias tentativas um
sujeito que estava sentado um pouco mais a frente que nós gritou “Assim mudo
nem a japonesada vai entender” e todo mundo riu. Saímos e fomos lanchar e
conversar. Depois viemos para casa e desejei boa sorte para ela, que vai fazer
somente por fazer um concurso para professor do Estado. 4 anos do atentado ao
WTC.
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