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Mostrando postagens com o rótulo Cinema Mudo

Filme do Dia: The Dinosaur and the Missing Link: A Pre-Historic Tragedy (1915), Willis H. O'Brien

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  T he Dinosaur and the Missing Link: A Prehistoric Tragedy (EUA, 1915). Direção e Fotografia: Willis H. O’Brien. Na Idade da Pedra, Duke e Stonejaw Steve pretendem a mão de Araminta, filho de Rockface. Rockface fala que os rivais terão que trazer a caça da refeição. Wild Willie, um gorila que é dor de cabeça para os locais, resolve também ir caçar, mas o dinossauro que escolhe como montaria o deixa desacordado, provavelmente morto. O mais jovem Teophilus Ivory-Head, ao qual havia sido encomendado algo mais leve (pesca), aproveita-se e se sagra como herói diante de todos, afirmando que havia matado o gorila. As brincadeiras com os anacronismos que quase sempre serão motivação para o elemento cômico, seja contemporaneamente ou ainda no cinema mudo ( O Passado Pré-Histórico , A Antiga e a Moderna ) ou décadas após e no campo da animação ( Os Flinstones ), aqui emergem em temas vinculados ao triângulo amoroso, coqueluche dos filmes de dois rolos contemporâneos, mas mais especificamen

Filme do Dia: Marseille, la Canebière (1896), Louis Lumière

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  M arseille, la Canebière (França, 1896). Fotografia Louis Lumière. É incrível a vivacidade e nitidez das imagens de uma rua movimentada da cidade francesa, repleta de postes, anúncios, pessoas e veículos em movimento. Nitidez que pode provocar reações paradoxais no espectador, ao mesmo tempo trazendo um senso táctil e promovendo uma aproximação com um estilo de desenho/animação que se deleita em descrever espaços urbanos. A câmera como quase sempre – a exceção são os “panoramas”, e os travellings a partir de veículos em movimento – se encontra fixa a registrar os elementos imóveis e os móveis, estes últimos cruzando sua objetiva.  |Lumière. 50 segundos.

Filme do Dia: Small Town Sheriff (1927), Harry Bailey & John Foster

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  S mall Town Sheriff (EUA, 1927). Direção: Harry Bailey & John Foster Atordoado pelo drinque tomado, o fazendeiro Al Fafa viaja por estranhos mundos nessa animação que tem como um dos personagens uma evidente referência ao Gato Félix, não apenas por seus traços como por sua personalidade pronta a fazer deboche de seus clientes- ele é o dono da banca que vende diversas bebidas para os males mais diversos. Como na série de Félix, aqui também a sucessão de eventos transcorre, a partir de determinado momento, de forma incessante. Paul Terry produziria mais de 1000 animações até 1964. Aesop’s Fable Studio para Pathé Exchange. 5 minutos e 43 segundos.

Filme do Dia: Chien Jouant à la Balle (1905), Alice Guy

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  C hien Jouant à la Balle (França, 1905). Direção: Alice Guy Esse filme que apresenta as peripécias de um homem, um cachorro e um balão curiosamente pouco se importa que seu cenário pintado ao fundo, evocativo de uma iconografia estilizada de Paris que logo se tornará lugar-comum no cinema, não exclusivamente francês, seja evidentemente percebido enquanto tal, pois a ilusão de profundidade proporcionada pela pintura acaba se desfazendo quando se percebe não apenas a sombra do balão sobre a mesma como o próprio choque do balão e do cachorro contra a pintura. Ainda que certas fontes apontem essa produção como sendo de 1905, tanto sua duração como sua temática eminentemente vaudevilliana o aproxima mais dos primeiros anos do século. Societé des Etablissements L. Gaumont. 1 minuto e 13 segundos.

Filme do Dia: Cook, Papa, Cook (1928), Wallace MacDonald

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  C ook, Papa, Cook (EUA, 1928). Direção: Wallace MacDonald. Com: Henry Murdock, Lucille Hutton, Eva Thatcher. Casal acorda jogando água um no outro sem perceber que o filho provocara a situação. O pai (Murdock) recebe ordens da esposa (Hutton) para preparar o café da manhã, provocando grande confusão na cozinha, enquanto sua mulher se empanturra de chocolares, seu sócio espera de carro lá fora   a criança se diverte com as trapalhadas. Curioso que mesmo antes do Código Hays, aqui já se apresente casais dormindo em camas distintas, talvez por conta de ser uma comédia dirigida a público mais amplo.  E, como tal, funcionando perfeitamente para a gag inicial, em que ao invés dos costumazes bolos e tortas, da comédia não por acaso chamada no Brasil de “pastelão”,  voa água de ambos os lados. Pode-se desconfiar que esse intuito último seja mais forte que o moral, já que logo adiante se observará o marido ensaboando-se em uma banheira.  Numa cena digna de animação, Papa volta seu traseir

Filme do Dia: Sham Battle at Pan American Exposition (1901)

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  S ham Battle at Pan American Exposition (EUA, 1901). No ultimo dia da Exposição Pan-Americana foi encenada essa batalha que reconstitui a luta de seis tribos norte-americanas contra o Exército. O caráter espetacular do evento tanto é evocativo do teatro melodramático contemporâneo quanto – e ainda mais – sugere uma antecipação das próprias batalhas que seriam reproduzidas pelo cinema posteriormente como as presentes nos filmes de Griffith, com um esmero de produção ainda impossível de ser seguido pelo cinema de então – para efeito comparativo basta se observar, por exemplo, filmes como Advance of Kansas Volunteers at Caloocan , do ano anterior. A grandiosidade do evento certamente foi responsável por uma montagem bastante além dos padrões habituais de então. No prólogo do filme ocorre uma parada dos índios montados em seus cavalos, o que não deixa de ser curioso, no sentido de que não são os cavaleiros que ganharam essa honra ou pelo menos se também o foram não se encontram represe

Filme do Dia: Manhatta (1921), Charles Sheeler & Paul Strand

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  M anhatta (EUA, 1921). Direção e Fotografia: Charles Sheeler & Paul Strand. Antecipando as “sinfonias urbanas” de alguns anos após, o filme faz uma elegia a Nova York e ao progresso. Nenhum elemento é mais presente em suas imagens do que a fumaça, provocada seja pelos motores a vapor de balsas, locomotiva, chaminés de transatlânticos  ou ainda dos sumidoros do alto dos telhados dos arranha-céus. Esse encantamento com o progresso será visto com uma perspectiva invertida, não menos manipuladora, mas certamente menos poética, décadas após, em Koyaanisqatsi , de Reggio. É tido como o primeiro filme conscientemente vanguardista do cinema norte-americano.  11 minutos.

Filme do Dia: Um Marinheiro Feito Homem (1921), Fred C. Newmeyer

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  U m Marinheiro Feito Homem ( A S ailor-Made Man (EUA, 1921). Direção: Fred C. Newmeyer. Rot. Original: Hal Roach, Sam Taylor & Jean C. Havez. Fotografia: Walter Lundin. Montagem: Thomas J. Crizer. Com : Harold Lloyd, Mildred Davis, Noah Young, Dick Sutherland. Rapaz (Lloyd) se interessa por moça (Davis), da alta sociedade, que vive rodeada de pretendentes janotas. Ela pretende que ele participe de uma viagem com sua mãe e os pretendentes ao Oriente; porém ele próprio playboy,  foi involuntariamente alistado na Marinha para provar seu valor ao pai da garota. Eles voltam a se encontrar já no Oriente Médio, quando a garota é sequestrada pelo Rajá (Sutherland) local, e o rapaz consegue o que seu recém-amigo também marinheiro (Young) não conseguira, salvar a garota de dezenas de homens do Rajá, assim como do próprio, no Palácio. Em meio a um orientalismo então popular no cinema de diversos países ( Genuine , The Little Princess , The Sultan’s Wife , Harakiri , La Sultane de L’A

Filme do Dia: Wara Wara (1930), José María Velasco Maidana

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  W ara Wara (Bolívia, 1930). Direção: José María Velasco Maidana. Rot. Adaptado: José María Velasco Maidana & Antonio Diaz Villamil, baseado na obra teatral La Voz de la Quena , de Antonio Diaz Villamil. Fotografia: Mario Camacho, José Jimenez & José María Maidana. Cenografia: Arturo Borda. Figurinos: Martha de Velasco & Alicia de Diaz Villamil. Com: Juanita Tallansier G., Martha de Velasco, Arturo Borda, Emmo Reyes, José Maria Melasco Maidana, Guillermo Viscarra Fabre, Damaso E. Delgado, Raul Montalvo, Juan Capriles, Humberto Viscarra M. Em meio a uma animada comemoração inca, Arawicu possui pressentimentos funestos. Ele afirma para o grupo que os deuses choram a rivalidade de seus descendentes, Huáscar e Atahuallpa, e que a ira divina propiciará que inimigos, provenientes do mar, abatam-se e provoquem a tragédia de seu povo. Curaca Calicuma se desgosta diante da visão pessimista de Arawicu e o envia à prisão. Wara Wara, filha de Calicuma, leva comida a um faminto Arawi

Filme do Dia: Skirmish with Boers near Kimberly (1900), Joe Rosenthal

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  S kirmish with Boers near Kimberly (Reino Unido, 1900). Fotografia: Joe Rosenthal Essa atualidade reconstituída compartilha, ou melhor, antecipa os mesmos protocolos que serão os do filme de perseguição de poucos anos após. Em seu primeiro e longo plano observa todo um grupo de soldados britânicos montados em seus cavalos até que se passe ao segundo, um recorte menor do primeiro. Dificilmente um espectador contemporâneo, de quase 120 anos após sua realização, dar-se-á conta que tal como naqueles aqui se trata de uma perseguição aos bôeres, se não ler a descrição de cada um dos quadros, pois não vemos o outro grupo em ação. No segundo quadro observamos um grupo apeando de seus cavalos e montando suas metralhadoras. Aliás, mesmo se observando a descrição de cada quadro, ainda parece pouco crível que o terceiro e último seja a descrição de um ataque. Warwick Trading Co. 1 minuto e 35 segundos.    

Filme do Dia: Execution of Czolgosz with Panorama of Auburn Prison (1901), Edwin S. Porter

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  E xecution of Czolgosz with Panorama of Auburn Prison (EUA, 1901). Direção: Edwin S. Porter. Essa dramatização da pena de morte do assassino do presidente americano MacKinley é precedido de uma lenta panorâmica documental que apresenta a prisão real onde ocorreu o evento. O choque entre as imagens documentais e a evidente encenação que se segue não parecia ser problemática à época e a própria natureza mista do filme se apresenta no seu título partilhado. Filmes que apresentavam execuções eram bastante comuns na época (por exemplo, o final de A História de um Crime ), muito deles produzidos igualmente por Edison (como The Execution of Mary, Queen   of Scots ). Edison Manufacturing Co. 4 minutos.

Filme do Dia: Opening the Williamsburg Bridge (1904), G.W. Bitzer

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  O pening the Williamsburg Bridge (EUA, 1904). Fotografia: G.W. Bitzer Flagrante da inauguração formal da famosa ponte, à época a maior ponte suspensa do mundo, e uma das que se tornaria marca registrada da cidade de Nova York, embora longe da fama da sua colega do Brooklyn. Do fllme não se pode deparar grande coisa. Uma tropa de policiais montados à cavalo se segue um pequeno grupo de jornalistas fotográficos e logo quase colados a esses vem a comitiva do prefeito da cidade. Um dos trunfos dessa produção, ao menos para o provável propósito ao qual se adequa, é efetuar uma muito discreta panorâmica à esquerda, fazendo como quase que por encanto deixemos de observar os coadjuvantes do ritual do poder à distância para observarmos a comitiva do prefeito e autoridades de forma bem mais próxima do reconhecimento. O prefeito em questão é Seth Low, que à época do lançamento desse já havia sido derrotado por George McClellan (que pode ser observado em ação no contemporâneo Annual Parade, Ne

Filme do Dia: Children of the Age (1915), Yevgeny Bauer

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  C hildren of the Age ( Deti Veka , Rússia, 1915). Direção: Yevgeny Bauer. Rot. Original: M. Mikhailov. Fotografia: Boris Zavelev. Dir. de arte: Yevgeny Bauer. Com: Arseni Bibikov, V. Glinskaya, Ivan Gorskij, Vera Kholodnaya, S. Rassatov, A. Sotnikov. Maria (Kholodnaya) leva uma vida tranquila com o marido, Lobovich (Sotnikov) e o filho recém-nascido até reencontrar uma amiga da juventude, Lidija (Glinskaya), que a leva a um mundo desconhecido de festas, coqueterias, galanteios e flertes. Um dos mais insistentes é Lebedev (Bibikov), que é recusado enfaticamente por Maria em um parque e sobre quem Lidija afirma ter ascendência sobre o marido no banco em que esse trabalha. De fato, pouco tempo depois Lobovich é demitido. Lobovich conta tudo a Maria, mas essa, mesmo impactada com a notícia, não deixa de frequentar as reuniões de Lidija e seus amigos, cedendo aos galanteios incisivos de Lebedev, e decidindo abandonar o marido para ir morar com ele. Depois disso, não se dando por satisfe

Filme do Dia: Eleanor's Catch (1916), Cleo Madison

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  E leanor’s Catch (EUA, 1916). Direção: Cleo Madison. Rot. Original: William V. Mong. Com: Cleo Madison, Lule Warrenton, William V. Mong, Edward Hearn, Margaret Whistler, Ray Hanford, Harry Mann. Homem em boa situação financeira (Mong) auxilia uma senhora com a carga pesada de roupas para lavar (Warrenton) com o propósito de aproximar de sua filha, Eleanor (Madison), que também é lavadeira. E, quando vencidas as reservas de mãe e filha, já se encontrava dançando com Eleanor diante de sua casa, são flagrado por Red McGuire (Hearn), seu namorado. O “investimento” do homem em Eleanor não foi gratuito. Ele se encontra menos interessado nela enquanto mulher do que torna-la ladra para vítimas que engabela as levando para sua casa. A caracterização da mãe de Eleanor, tomando seu drinque em uma cadeira de balanço, num plano que a descreve de cima a baixo parece um avanço em relação à representação da pobreza pelo cinema até então – não que o filme seja exatamente algo incomum, teria que h

Filme do Dia: O Jardim dos Prazeres (1925), Alfred Hitchcock

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  O   Jardim dos Prazeres ( The Pleasure Garden , Reino Unido/Alemanha, 1925). Direção: Alfred Hitchcock. Rot. Adaptado: Eliot Stannard, a partir do romance de Oliver Sandys. Fotografia: Gaetano di Ventimiglia. Música: Lee Erwin. Dir. de arte: Ludwig Reiber. Com: Virginia Valli, Carmelita Geragthy, Miles Mander, John Stuart, Ferdinand Martini, Florence Helminger, George H. Schnell, Karl Falkenberg, Elizabeth Pappritz. Jill Cheyne (Geragthy) tem uma ascensão meteórica em sua carreira de corista, não mais escutando os conselhos de sua antiga companheira de quarto, Patsy (Valli), que a introduziu ao mundo da noite. Enquanto se torna uma peça da admiração do Príncipe Ivan (Falkenberg), Cheyne se envolve com Levet (Mander), que irá morar dois anos em uma administração colonial no estrangeiro, afastando-se por um bom tempo, como o noivo de Jill, o sinceramente apaixonado Hugh (Stuart). Levet vai para o mesmo local onde se encontra Hugh, e quase instantaneamente já passa a ter uma relação d

Filme do Dia: Amarilly of Clothes-Line Alley (1918), Marshall Neilan

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  A marilly of Clothes-Line Alley (EUA, 1918). Direção: Marshall Neilan. Rot. Adaptado: Frances Marion, baseado no romance de Belle K. Maniates. Fotografia: Walter Stradling. Cenografia: Wilfred Buckland. Com: Mary Pickford, William Scott, Kate Price, Ida Waterman, Norman Kerry, Fred Goodwins, Margaret Landis, Tom Wilson. Amarilly (Pickford) vive com sua numerosa família em um cortiço trabalhando em ocupações improvisadas. Desempregada de seu emprego de faxineira de um teatro, ela é convidada pelo noivo, Terry McGowen (Scott) para trabalhar no mesmo clube no qual é barman. Amarilly conhece o janota Gordon (Kerry), que a convida para trabalhar de faxineira em sua mansão. Ela é utilizada como cobaia pela tia de Gordon, a Sra. David Phillips (Waterman), afetada socialite, que tenta transformar Amarilly em uma lady , para confirmar a idéia de que é o meio que modela o caráter e os hábitos de uma pessoa. Gordon acaba se apaixonando por Amarilly, mas a situação se torna socialmente constra

Filme do Dia: Special Delivery Messenger, U.S.P.O. (1903), A.E. Weed

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  S pecial Delivery Messenger, U.S.P.O (EUA, 1903). Fotografia: A.E. Weed. Encenação de evidente viés documental sobre a chegada de uma carta ou telegrama que é entregue e assinada por uma senhora nesse que é um das dezenas de filmes financiados pelos Correios norte-americanos. Destaque para o recurso, apropriado à exaustão por certos realizadores vinculados ao cinema moderno, como Júlio Bressane no Brasil, do plano iniciar sem nenhum elemento humano e apenas a presença da fachada da casa, ser atravessado pelo carteiro com sua bicicleta e permanecer na fachada da casa após a saída dos dois personagens, elemento comum no cinema da época. American Mutuoscope & Biograph. 40 segundos.

Filme do Dia: Burial of the 'Maine' Victims (1898), William C. Paley

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  B urial of the 'Maine' Victims (EUA, 1898). Fotografia: William C. Paley. Registro do cortejo fúnebre das vítimas do navio Maine, estopim para a Guerra Hispano-America que provocou grande comoção nacional nos Estados Unidos. Talvez o que mais chame atenção no plano da imagem seja a relativa simplicidade e falta de pompa do cortejo com coches abertos e os caixões expostos que circula por uma rua humilde. Como era prática comum à época, ao tomar a perspectiva do público que assiste o cortejo em um plano único e sem movimento, o cinegrafista não permite que se tenha uma idéia do público presente. Pelo catálogo da companhia se tem notícia que o evento ocorreu em Key West, na Flórida. Há uma dimensão de ambigüidade no comentário do catálogo que deixa espaço a indagações – “a cena é reproduzida como de fato ocorreu” – sobre se trataria de uma reencenação, porém que mais parece configurar a autenticidade do realismo do novo meio. Edison Manufacturing Co. 1 minuto e 53 segundos.

Filme do Dia: A Pequena Vendedora de Fósforos (1928), Jean Renoir & Jean Tédesco

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  A  Pequena Vendedora de Fosfóros ( La Petite Marchand d´Allumettes , França, 1928). Direção: Jean Renoir & Jean Tédesco.  Rot. Adaptado: Jean Renoir, baseado  no conto de Hans Christian Andersen. Fotografia: Jean Bachelet. Dir. de arte: Erik Aaes. Com: Catherine Hessling, Manuel Raaby, Jean Storm, Amy Wells. Jovem e pobre vendedora de cigarros (Hessling) sai numa noite de nevasca forte e não consegue vender uma unidade sequer. Atormentada por crianças, acaba buscando refúgio na ilusão de uma vitrine de loja. Sonha com um mundo fantástico de manequins de loja que se movimentam e cavalos que voam e vem a morrer no sono, sendo encontrada na manhã seguinte. Renoir realizou uma poética e inusitada incursão ao universo de Andersen. Um dos detalhes mais interessantes do filme é o fato do mundo “real” do qual surge a jovem costureirinha ser uma evidente maquete em estúdio, sugerindo a fantasia que se esconde por trás do que é descrito como “realidade” no  filme – e, indo um pouco mai

Filme do Dia: Carlitos no Estúdio (1916), Charles Chaplin

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C arlitos no Estúdio ( Behind the Screen , EUA, 1916). Direção: Charles Chaplin . Rot. Original: Vincent Bryan, Charles Chaplin & Maverick Terrell. Fotografia: Roland Totheroh. Montagem: Charles Chaplin. Cenografia: George Cleethorpe. Com: Charles Chaplin, Edna Purviance, Eric Campbell, Lloyd Bacon, Henry Bergman, Charlotte Mineau, Wesley Ruggles, Leota Bryan. David (Chaplin) é um contra-regra explorado à exaustão por seu patrão, Golias (Campbell). Ele se apaixona por um dos trabalhadores do estúdio que ainda não sabe ser uma garota (Purviance). Os colegas de David entram em greve.  Os grevistas se aproximam do estúdio com dinamite como vingança, mas são observados pela garota. A simulação das tortas na cara escapa para a produção de outros filmes, incluindo um drama histórico. Mesmo o filme bem expressando a lógica dos cargos subordinados como efetivando todo o trabalho enquanto seus chefes levam vida mansa e com uma abordagem de gênero ousada, embora Shakespeare já fizesse uso