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Mostrando postagens com o rótulo Cinema Canadense

Filme do Dia: Scanners - Sua Mente Pode Destruir (1981), David Cronenberg

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S canners – Sua Mente Pode Destruir ( Scanners , Canadá, 1981). Direção e Rot. Original: David Cronenberg.  Fotografia: Mark Irwin. Música: Howard Shore. Montagem: Ronald Sanders. Dir. de arte: Carol Spier. Figurinos: Delphine White. Com: Stephen Lack, Jennifer O’Neill, Patrick McGoohan, Lawrence Dane, Michael Ironside, Robert A. Silverman, Lee Broker, Mavor Moore. O renomado cientista Paul Ruth (McGoohan) descobre um dos “scanners”, homens que possuem capacidades telepáticas extraordinárias,   Cameron Vale (Lack), que decide participar de uma busca a outros scanners, contando com a ajuda de uma aliada, Kim Obrist (O’Neill). O mais poderoso de todos é Darryl Revok (Ironside), que comanda uma gangue de scanners que planejam dominar o mundo. Esse filme da fase inicial da carreira de Cronenberg , mesmo iniciando com certa aura promissora, e até de que seja melhor que o seu posterior – e já contando com capital norte-americano – A Mosca  (1986), demonstra ser ainda pior, além de

Filme do Dia: 21-87 (1964), Arthur Lipsett

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2 1-87 (Canadá, 1964). Direção: Arthur Lipsett. Lipsett parece ter contado com uma produção maior do que para o seu quase amador – mas bastante sofisticado esteticamente – Very Nice, Very Nice , de três anos antes e o resultado, mesmo que bem interessante e seguindo os mesmos moldes, da colagem de imagens em um curta experimental, soa mais pop, porém menos efetiva. Como naquele, a banda sonora também é extremamente burilada. Porém, ao contrário daquele, aqui visivelmente imagens produzidas pelo próprio Lipsett se mesclam as encontradas entre sobras de arquivos do NFB. É a própria mudança de tonalidade dos registros que traz a potência para esse curta. NFB. 9 minutos e 35 segundos.

Filme do Dia: Neighbours (1952), Norman McLaren

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N eighbours (Canadá, 1952). Direção, Rot. Original e Música: Norman McLaren. Fotografia: Wolf Koenig. Com: Grant Munro, Jean Paul Ladouceur. Dois vizinhos se tratam cordialmente até descobrirem uma flor que nasce em meio as suas propriedades. Após um período de encantamento de ambos com as sensações boas que trazem a flor, uma luta incessante se inicia para demarcar a posse com relação a mesma, que só acaba após o extermínio de suas famílias e a morte de ambos. Fazendo uso da técnica da pixilação, McLaren chama atenção igualmente pela economia de meios e abrangência de sua mensagem. Pode-se questionar se em tal abrangência não se incluiria igualmente uma pretensão demasiada, ao tentar evocar todos os conflitos humanos a partir de uma briga de vizinhos por uma singela flor. Um dos “atores” em cena é ninguém menos que Munro, reconhecido animador do estúdio. Ganhou o Oscar, porém curiosamente na categoria documentário e não animação. A forte cena na qual os homens eliminam as es

Filme do Dia: Ryan (2004), Chris Landreth

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R yan (Canadá, 2004). Direção: Chris Landreth. Música: Fergus Marsh & Michael White. Montagem: Alan Code . Engenhoso e tocante tributo a um dos grandes nomes da animação canadense dos anos 60 Ryan Larkin, hoje vivendo de esmolas em Montreal. Landreth conseguiu fundir nesse seu tributo não apenas a dimensão biográfica – com a presença de depoimentos de pessoas ligadas a Larkin, além do próprio – como trechos da própria obra e do auge da carreira do realizador, quando chegou a ser indicado ao Oscar de animação. Tudo isso realizado através de uma forma de animação em 2D grandemente tributária da originalidade do artista a quem retrata. Enquanto a arte de Larkin dizia respeito a sua brilhante utilização e domínio da técnica do movimento, um dos destaques da animação de Landreth é seu inventivo uso de imagens de ação ao vivo para compor seus personagens animados. Oscar de animação. Cooper Heart Ent./National Film Board of Canadá. 14 minutos.

Filme do Dia: Paraíso Remoto (2004), Frédéric Tremblay

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P araíso Remoto ( Un Jour Ordinaire pas comme les Autres , Canadá, 2004). Direção: Frédéric Tremblay. Rot. Original: Alexis Martin & Frédéric Tremblay. Música: Dennis Larochelle. Montagem: Natacha Dufaux. Duas crianças fazem uma viagem para uma ilha remota após o tédio mortal que segue a explosão da televisão do apartamento onde vivem. Criativa e inteligente animação em tinta sobre papel colorida por computador, no qual a aventura extraordinária vivida pelas crianças pode ser representativa da imaginação reprimida por uma programação televisiva repetitiva e inexpressiva. Ao mesmo tempo, ironicamente finalizam afirmando que não foi mais que uma tarde como as outras que dá nome ao título original. ONF. 7 minutos.

Filme do Dia: Special Delivery (1978), Eunice Macauley & John Weldon

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S pecial Delivery (Canadá, 1978). Direção e Rot. Original: Eunice Macauley & John Weldon. Música: Karl Du Plessis. Marido deixa neve acumulada na entrada de sua casa e quando retorna percebe que o carteiro havia morrido ao escorregar na mesma. Desesperado, ele leva-o para dentro de casa e fica pensando nas opções de como se desfazer do corpo. Sua mulher havia saído para trabalhar.   Ao retornar, ela encontra o cadáver desnudo em sua poltrona. Ela não percebe que ele se encontra morto, mas antes que está embriagado e o leva para sua casa, somente lá percebendo que se trata de um cadáver. Curta de animação premiado com o Oscar da categoria, apresentando ao menos duas licenças poéticas em sua narrativa bastante enfática – ela é contada não apenas através das imagens mas de uma voz over que acompanha as mesmas do início ao final. A primeira delas diz respeito ao marido não ter notificado à polícia logo quando viu o cadáver, porém a segunda é de longe menos plausível, já que é

Filme do Dia: 32 Curtas Sobre Glenn Gould (1993), François Girard

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32 Curtas Sobre Glenn Gould ( 32 Short Films About Glenn Gould ,  Canadá/Portugal/Holanda/Finlândia, 1993) Direção: François Girard. Rot.Original: F.Girard, Don Mckellar & Nick Mckinney. Montagem: Gaetan Huot. Com: Colm Feore, Katya Ladan, Devon Anderson. Cenas da vida do excêntrico pianista canadense Glenn Gould. Entrevistas, seu isolamento e o abandono das apresentações ao vivo em 1964, algumas de suas composições, sua mania por todo tipos de anfetaminas, sua solidão, seus telefonemas intermináveis, sua superstição, seu autismo, depoimentos de pessoas que lhe foram próximas, seu perfeccionismo, sua morte por apoplexia em 1982. Com grande habilidade e originalidade, Girard desfila 32 histórias curtas que dizem respeito ao universo de Gould, mesclando momentos de realismo dramático, cenas documentais e abstracionismo puro associado à música, conseguindo grande efeito estético. Em um dos melhores momentos, é observado, através de animação, o efeito da mais de uma dúzia de

Filme do Dia: As Aventuras de Pi (2012), Ang Lee

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A s Aventuras de Pi ( Life of Pi , EUA/Taiwan/Reino Unido/Canadá, 2012). Direção: Ang Lee. Rot. Adaptado: David Magee, baseado no romance de Yann Martel. Fotografia: Claudio Miranda. Música: Mychael Danna. Montagem: Tim Squyres. Dir. de arte: David Gropman, Al Hobbs, Ravi Srivastava, James F. Truesdale & Dan Webster. Cenografia: Terry Lewis & Anna Pinnock. Figurinos: Arjun Bhasin. Com: Suraj Sharma, Irrfan Khan, Ayush Tandon, Gautam Belur, Adi Hussain, Tabu, Rafe Spall, Vibish Sivakamur. Pi Patel (Sharma) é um adolescente que vai triste e com o coração partido da Índia para o Canadá, abandonando sua amada, pois não há mais condições de se manter os animais no zoológico que era propriedade familiar, levando consigo os animais no barco. Uma tempestade os acomete no ponto mais profundo do oceano e Pi permanece sozinho no bote com um tigre, uma zebra, um orangotango e uma hiena. Com a morte de todos eles, fica somente Pi e o tigre, que ele chama de Richard Parker . Após mui

Filme do Dia: The Hart of London (1970), Jack Chambers

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T he Hart of London (Canadá, 1970). Direção, Fotografia e Montagem: Jack Chambers. Chambers através de seu título parece ironizar com as ”sinfonias urbanas” produzidas nos anos 1920, que, na verdade, refere-se a pequena cidade homônima da célebre capital britânica, situada na província de Ontario, Canadá. Faz uso de efeitos comuns à vanguarda contemporânea norte-americana, mas de forma original. Sobretudo da sobreposição de imagens diversas, imagens em negativo e por vezes aceleração de imagens, assim como uma banda sonora de ruídos, que auxilia minimamente a propor algumas associações – assim o motivo recorrente de ruído de um trem sobre trilhos pode ser associado com imagens vislumbradas da janela, o mesmo se dando com uma seqüência em que predomina o ruído de água escorrendo sobre imagens majoritariamente de neve ou água. Tal como numa sinfonia, existem momentos em que a imagem é quase abstrata dada a rapidez com que as imagens se fundem ou que os enquadramentos se detém s

Filme do Dia: Cornualhas (1994), Pierre Perrault

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C ornualhas ( Cornuailles , Canadá, 1994). Direção: Pierre Perrault. Fotografia: Martin Leclerc & Bernard Gosselin. Montagem: Camille Laperrière. Durante quatro meses, Perrault planta seu equipamento de filmagem próximo do Polo Norte tendo como objetivo flagrar o confronto entre dois bois almiscarados em luta pelo território. Se o pretexto é filmar o combate, que finalmente chega a ser filmado, o filme se prolonga sobre as habituais divagações do realizador a respeito da natureza, vinculando-a muitas vezes ao homem (algo explicitado no documentário curto No Vale de Sverdrup que registra os bastidores desse que seria o último filme de Perrault). Seu prolongamento e repisamento de algumas imagens e/ou temas transforma-o em algo em desvantagem com um documentário curto que aborda motivos semelhantes, O Oumigmag ou O Objetivo do Documentário . Na cena chave, do confronto dos dois machos adultos, intercala-se na montagem planos de um combate entre dois machos jovens. Office Natio

Filme do Dia: A Face Oculta da Lua (2003), Robert Lepage

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A  Face Oculta da Lua ( La Face Cachée de la Lune , Canadá, 2003). Direção e Rot. Original: Robert Lepage. Fotografia: Ronald Plante. Música: Benoît Jutras. Montagem: Philippe Gagnon. Dir. de arte: Jean Le Bourdais. Cenografia: Benoit Jolivet. Com: Robert Lepage, Céline Bonnier, Anne-Marie Cadieux, Lorraine Cote, Sophie Faucher, Richard Fréchette, Érica Gagnon, Gregory Hlady, Marco Poulin. Phillippe (Lepage) é um sonhador que não consegue se estabelecer na vida após uma certa idade, em oposição ao irmão André (Lepage), prático, gay e rico. Enquanto Phillippe se encontra mais desnorteado que nunca com a morte recente da mãe (Cadieux), e produzindo um vídeo em que pretende mostrar a um possível ser extra-terrestre a sua visão do espaço e dos costumes em que vive, André é um bem sucedido apresentador do tempo na televisão. Em conflito com o irmão desde a infância e com uma obsessão por assuntos espaciais, uma tentativa de aproximação entre os dois se prenuncia quando da morte do pe

Filme do Dia: Resgate do Amor (2004), Kelly Makin

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R esgate do Amor ( I Do( But I Don’t) , Canadá, 2004).  Direção: Kelly Makin. Rot. Adaptado: Eric C. Carmelo & Nicole Snyder, a partir do romance de Cara Lockwood. Fotografia: Serge Ladouceur. Música: Danny Lux. Montagem: Micky Blythe. Dir. de arte: Collin Niemi & Stavros Evangelou. Cenografia: Annika Krausz & Terry Lalos. Figurinos: Nicoletta Massone. Com: Denise Richards, Dean Cain, Karen Cliche, Olivia Palenstein, Mimi Kuziki, Yannnick Bisson, Barry Julien, David Lipper, Jessica Walter, Tim Rozom. Após o casamento fracassado com Brad (Lipper), flagrado em adultério com sua manicure, Lauren (Richards) apenas deseja no momento empreender avanços na sua carreira como auxiliar de produção de casamentos. No momento sua patroa, a perua Gennifer (Walter), encontra-se ansiosa com o casamento mais importante que seu negócio já teve que enfrentar, o da socialite Darla (Cliche). Quando da produção de outro casamento, no qual o noivo ao tentar descer a torre da igreja num rap

Filme do Dia: Spheres (1969), Norman McLaren & René Jodoin

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S pheres (Canadá, 1969). Direção: René Jodoin & Norman McLaren. Nesse curta experimental nos perguntamos menos por qualquer questão estritamente narrativa que por qual lógica seguirá o grupo de esferas que se dispõe em diversas formações, bipartições, uniões e aproximações/distanciamentos, provocando efeito de profundidade e contraposição entre figura/fundo, assim como se haveria alguma alusão buscada (o início do universo? o início da vida humana?), o que mais provavelmente não ocorre, sendo o seu caráter abstrato, acentuado pela composição de Bach executada por Glenn Gould, mais que propriamente sua composição visual, “amenizada” pela figura de uma borboleta que ocasionalmente interage com as esferas. National Film Board of Canada. 7 minutos e 21 segundos.

Filme do Dia: Innocent (2005), Simon Chung

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I nnocent (Hong Kong/Canadá, 2005). Direção e Rot. Original: Simon Chung. Fotografia: Vinit Borrison. Música: Kevin Poon. Montagem: Chan Chui Hing, Chan Nose, Wong Adam Sau Ping & Wong Sau-ping. Com: Timothy Lee, David Yee, Larry Peloso, David Lieu Song Wei, Jovita Adrineda, Wilson Kam Wing Wong, Mr. Huang, Justin Penaloza. Com a mudança dos pais (Wong e Adrineda) de Hong Kong para o Canadá, o adolescente Eric (Lee) vivencia uma situação turbulenta que inclui o aflorar de sua homossexualidade e a separação dos pais, com a mãe passando a se relacionar com seu sócio de um restaurante (Mr. Huang). Com um interesse inicial em seu primo (Penaloza), Eric apaixona-se por um colega de escola, Jim (Yee), ainda que mantenha relações sexuais com um homem mais velho (Peloso), que conheceu em uma livraria GLS. Repudiado por Jim e por outros colegas de escola, Eric se interessa por um funcionário do restaurante da mãe (Wei), levando esse até depois da fronteira com os Estados Unidos. Po

Filme do Dia: Every Dog's Guide to the Playground (1991), Les Drew

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E very Dog’s Guide to the Playground (Canadá, 1991). Direção e Rot. Original: Les Drew. Música: Patrick Godfrey. Ainda que o estúdio tenha pensado provavelmente em criar uma série a partir dos personagens apresentados nesse curta, centrado na figura do cão Wally, deve ter percebido, acertadamente, que era melhor não fazê-lo. Não consegue ir muito além das insípidas séries cotidianas da TV, aqui apresentando um cão que treina com seu dono para várias competições, ao mesmo tempo que ajuda sua mulher, grávida, com as ocupações cotidianas e igualmente com o socorro para o parto. NFB. 10 minutos e 29 segundos .

Filme do Dia: Stereo (1969), David Cronenberg

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S tereo (Canadá, 1969). Direção, Rot. Original, Fotografia e Montagem: David Cronenberg. Com: Ronald Mlodzki, Jack Messinger, Iain Ewing, Clara Mayer, Paul Mulholland, Arlene Mlodzki, Glenn McCauley. No futuro, a Academia Canadense para a Pesquisa Erótica investiga as teorias parapsicológicas do Dr. Stringfellow. Sete voluntários se prestam aos experimentos. De alguns deles são retiradas a faringe, e demonstram uma maior capacidade de telepatia. Posteriormente, experiências afrodisíacas e com drogas põe em cheque os papéis sexuais estabelecidos e experiências de individualização resultam no suicídio de alguns dos voluntários. Esse, que é o primeiro longa-metragem do realizador, é mais um exemplo de como a ficção-científica era um dos gêneros utilizados de forma mais provocativa por alguns dos realizadores mais destacados ou promissores do cinema então. O nível de radicalidade da proposta do filme em questão talvez somente tenha se conseguido a custo do próprio Cronemberg ter nã

Filme do Dia: The Wizard of Oz (1933), Ted Eshbaugh

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The Wizard of Oz (Canadá, 1933). Direção: Ted Eshbaugh. Rot. Adaptado: Frank Joslym Baum, baseado no romance de L. Frank Baum. Música: Carl W. Stalling. Mesmo que os traços do desenho, seus movimentos e cores (para não falar a música do mesmo Stalling que teria lugar cativo nas produções da Warner, após ter trabalhado com Disney na década anterior) certamente não se diferenciem muito das produções americanas contemporâneas, sobretudo as realizadas para os estúdios da Paramount, essa animação canadense parece trazer um toque próprio na sua leitura peculiar do célebre romance de fantasia de Baum, que já havia sido adaptado para as telas algumas vezes como em The Wonderful Wizard of Oz (1910) e The Magic Cloak of Oz (1914), e até mesmo um longa, The Wizard of Oz (1925). Aqui no entanto, princípios narrativos ou qualquer noção mais sequencial de conflito são secundarizados por uma divertida sucessão de eventos que, mesmo quando parecem ameaçadores - caso do ovo gigante ao final - não

Filme do Dia: Tirésia (2003), Bertrand Bonello

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Tirésia ( Tiresia , França/Canadá, 2003). Direção: Bertrand Bonello. Rot. Original: Bertrand Bonello, sob o argumento de Luca Fazzi. Fotografia: Josée Deshaies. Música: Albin De La Simone & Laure Markovitch. Montagem: Fabrice Rouaud. Dir. de arte: Roman Denis. Figurinos: Dorothée Guiraud. Com: Laurent Lucas, Clara Choveaux, Thiago Teles, Célia Catalifo, Lou Castel, Alex Descas, Fred Ulysse, Stella, Marcelo Novais Teles. Homem obcecado pela união dos dois sexos na mesma pessoa, Terranova (Lucas), aprisiona um transexual, Tiresia (Choveaux) em cativeiro. Depois de alguns dias fura seus olhos e a deixa numa região abandonada. Uma jovem, Anna (Catalifo) recolhe Tiresia e cuida dele (Teles), cujos traços se tornam os de um homem após a ausência das habituais injeções de hormônios. Tiresia se transforma num oráculo, descobrindo o futuro de todos os que lhe indagam. Decidido a abandonar a antiga vida, Tiresia sente-se bem em seu novo ambiente. Padre François (Lucas), pároco da pr

Filme do Dia: Kabloonak (1994), Claude Massot

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Kabloonak ( Kabloonak , Canadá, 1994) Direção: Claude Massot. Rot.Original: Claude Massot &Sebastian Regnier. Fotografia:  Jacques Loiseleux & François Protat. Música: Sebastian Regnier. Montagem:  Joëlle Hache. Com: Charles Dance, Adamie Quasiak Inukpuk, Seporah Q. Ungalaq, Bernard Bloch, Natar Ungalaq, Peter Hudson, Matthew Saviakjuk-jaw, Georges Claisse, Nikolai Aipin Grigorievitch, Lyla Kootoo.         Nova York.  Flaherty (Dance) se encontra deprimido em um bar, após recusar um pedido da Paramount para continuar sua saga de esquimós.  Passa a relembrar sua viagem ao Alasca. É recepcionado na aldeia esquimó onde passará os meses seguintes. Procura se inteirar sobre quem seria o caçador mais corajoso do grupo, para filmá-lo em ação. Encontra-o na figura de Nanook (Inukpuk), que acaba de chegar trazendo caça e é festejado por toda a comunidade. Logo, o cineasta  combina seguir a caçada que Nanook empreenderá com seus companheiros Aviuk (Saviakjuk-jaw) e Mukpullu (Ung

Filme do Dia: L'Acadie, L'Acadie (1971), Pierre Perrault & Michel Brault

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L’Acadie, L’Acadie (Canadá, 1971). Direção: Pierre Perrault & Michel Brault. Fotografia: Michel Brault. Música: Valérie Blas & Majorique Duguay. Montagem: Monique Fortier. No final dos anos 60, um grupo de estudantes francófilos decide não se resignar pelo que acreditam ser o imperialismo da cultura anglófila, assim como seus consequentes benefícios e discriminações na província de New Brunswick. O documentário observa a partir desse contexto um grupo de estudantes da Universidade de Moncton, muitos deles identificados com a cultura acadiana, associada a preservação dos valores francófilos e de dimensão abstrata-utópica, em grande medida. Dentre as cenas mais tensas registradas no documentário se encontram as imagens (compiladas de um canal de TV) de um processo no qual os estudantes são intimados na prefeitura e não podem se manifestar em francês, porque os juízes da corte não compreendem o francês. Os estudantes, a partir da própria realidade opressora na qual vivem – me