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Filme do Dia: Amor, Prelúdio de Morte (1956), Gerd Oswald

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A mor, Prelúdio de Morte ( A Kiss Before Dying , EUA, 1956). Direção: Gerd Oswald. Rot. Adaptado: Lawrence Roman, baseado no romance de Ira Levin. Fotografia: Lucien Ballard. Música: Lionel Newman. Montagem: George A. Gittens. Dir. de arte: Addison Hehr. Cenografia: James Roach. Figurinos: Evelyn Carruth & Henry Helfman. Com: Robert Wagner, Jeffrey Hunter, Virginia Leith, Joanne Woodward, Mary Astor, George Macready, Robert Quarry, Howard Petrie. Jovem e promissor universitário, Bud Carliss (Wagner), ao saber que a rica herdeira Dorothy Kingbird (Woodward) se encontra grávida, mas não pretende ter nenhum tipo de aproximação com o seu pai magnata, Leo (Macready), tenta envenená-la. Dorothy não engole as cápsulas, no entanto. No mesmo dia ele a leva ao topo de um prédio e a joga lá de cima. A irmã de Dorothy, Ellen (Leith) não se conforma com a versão da polícia e se encontra com o suspeito Dwight Powell (Quarry), que chegara a namorar Dorothy. Powell se lembra que possuía o

Filme do Dia: O Mistério Picasso (1956), Henri-Georges Clouzot

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O Mistério Picasso (Le Mystére Picasso, França, 1956). Direção: Henri-Georges Clouzot. Rot. Original: Clouzot & Pablo Picasso. Fotografia: Claude Renoir. Música: Georges Auric. Montagem: Henri Colpi. Ao contrário das habituais cinebiografias ficcionais (uma das mais famosas, Sede de Viver , sobre Van Gogh, tendo sido produzida no mesmo ano) ou dos filmes documentais, sobretudo curtas-metragens que se detém sobre as obras de arte acabadas de grandes artistas, o filme de Clouzot se propõe a mostrar o artista em atividade. Nesse sentido, compõe as seqüências iniciais do filme com gravuras realizadas em tempo real ou próximo do real e, posteriormente, através do recurso da montagem procura ilustrar o que Picasso descrevera como sua técnica de justaposição de cores e desenhos. O sentido de utilizar uma colagem das alterações efetivadas no quadro se faz a partir da própria reclamação de Picasso de que as obras desenhadas em tempo real são bastante superficiais. Pode-se perceber n

Filme do Dia: On the Bowery (1956), Lionel Rogosin

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On the Bowery (EUA, 1956). Direção: Lionel Rogosin. Rot. Original: Richard Bagley, Lionel Rogosin & Mark Sufrin. Música:  Charles Mills. Montagem: C arl Lerner. Essa ficção próxima do documentário encenado de Rogosin e também seu primeiro filme é impressionante pela força que capta seus personagens, vivendo no submundo dos biscates e do álcool numa região tradicionalmente decadente de Nova York, assim como – e talvez sobretudo – pela dimensão visual que empresta ao seu ambiente, magistralmente enquadrado, iluminado e fotografado por alguém que parece ter uma familiaridade grande com a estética da fotografia fixa. O filme acompanha alguns desses “personagens”, sobretudo o recém-chegado Ray Sayler, que perde sua mala para um dos homens que manteve certa proximidade e o havia auxiliado, Gorman Hendricks. O filme acompanha momentos de Ray em bares, seja conversando e escutando casos atentamente, seja simplesmente saindo de si e sendo agressivo para os que se encontram próximos.

Filme do Dia: Palavras ao Vento (1956), Douglas Sirk

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Palavras ao Vento ( Written on the Wind , EUA, 1956). Direção: Douglas Sirk. Rot. Adaptado: George Zuckerman, baseado no romance de Robert Wilder. Fotografia: Russell Metty. Música: Frank Skinner. Montagem: Russell F. Schoengarth. Dir. de arte: Robert Clatworthy & Alexander Golitzen. Cenografia: Russell A. Gausman &  Julia Heron. Figurinos: Jay A. Morley Jr. &  Bill Thomas. Com: Rock Hudson, Lauren Bacall, Robert Stack, Dorothy Malone, Robert Keith, Grant Williams, Robert J. Wilke, Edward Platt.       Lucy Moore (Bacall), a nova secretária do conglomerado de petróleo texano Hadley, torna-se o objeto de amor tanto de Kyle Hadley (Stack), alcóolatra e playboy, quanto de seu quase irmão adotivo e melhor amigo Mitch Wayne (Hudson), o verdadeiro braço direito do patriarca Jasper (Keith). Porém, a partir do momento que Kyle entabula uma relação com Lucy, Mitch prefere esconder sua paixão. Ao mesmo tempo recusa o amor da meia irmã Marylee (Malone), ninfômana e desestabiliz

Filme do Dia: Boneca de Carne (1956), Elia Kazan

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Boneca de Carne ( Baby Doll , EUA, 1956)  Direção: Elia Kazan. Rot.Original: Tenessee Williams. Fotografia: Boris Kaufman. Música: Kenyon Hopkins. Montagem: Gene Milford. Com: Karl Malden , Carroll Baker, Eli Wallach,  Mildred Dunnock,  Lonny Chapman,  Eades Hogue ,  Noah Williamson.              No Sul dos EUA, Baby Doll (Baker), jovem de 19 anos, vive precariamente com o marido Archie Lee (Malden) e sua tia Rose Comfort (Dunnock) em um antigo casarão em ruínas. A relação entre ambos é a pior possível já que, por um lado Archie prometera sustentá-la convenientemente após a morte de seu pai, o que não consegue, devido aos problemas finançeiros, a falta de ação e problemas com a bebida e, por outro, Baby Doll não abre mão do pacto pré-nupcial, pelo o qual o casamento só seria consumado após completar 20 anos, interessando-se por todos os homens que se aproximam. Cada vez mais ridicularizado na cidade, Archie vinga-se tocando fogo na máquina de descaroçar algodão de um dos empreendo

Filme do Dia: A Tara Maldita (1956), Mervin LeRoy

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A Tara Maldita ( The Bad Seed , EUA, 1956). Direção: Mervin LeRoy. Rot. Adaptado: John Lee Mahin, baseado na peça de Maxwell Anderson e no romance de William Marsh. Fotografia: Harold Rosson. Música: Alex North. Montagem: Warren Low. Dir. de arte: John Beckman. Cenografia: Ralph S. Hurst. Figurinos: Moss Mabry. Com: Nancy Kelly, Patty McCormack, Henry Jones, Eileen Heckart, Evelyn Varden, William Hopper, Paul Fix, Jesse White. Após se despedir do marido, Kenneth (Hopper), Christine se despede igualmente da filha Rhoda (McCormack) que vai para um passeio com crianças de sua escola. A morte de um garoto afogado, e o fato de sua filha ser a última a tê-lo visto vivo, assim como sua aparente indiferença ao fato, faz com que Christine começe a desconfiar da filha. Para aumentar sua tensão, ainda existem as teorias dos amigos sobre psicopatia infantil, a presença da mãe do garoto morto, Hortense (Heckart), alcoolizada, a ausência do marido e a descoberta,  através do pai, Richard

Filme do Dia: Sede de Viver (1956), Vincente Minnelli

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Sede de Viver (Lust for Life, EUA, 1956). Direção: Vincente Minnelli. Rot. Adaptado: Norman Corwin, baseado no romance de Irving Stone. Fotografia: Russell Harlan & Freddie Young. Música: Miklós Rózsa. Montagem: Adrienne Fazan. Dir. de Arte: F. Keogh Gleason & Edwin B. Willis. Com: Kirk Douglas , Anthony Quinn, James Donald, Pamela Brown, Everett Sloane, Niall MacGinnis, Henry Daniell, Madge Kennedy, Lionel Jeffries, Jeanette Sterke, Toni Gerry. .      Vivendo em uma sociedade puritana e muito atenta às aparências, Van Gogh (Douglas), passa a ser alvo dos comentários da vizinhança por sua reclusão, anti-sociabilidade e modo de vestir rude. Ele, porém, não se importa, e passa o dia pintando os trabalhadores das redondezas, um motivo que afirma ninguém antes se interessara. Embora acredite em Deus, suas convicções são antes íntimas que clericais, para desgosto de seu pai, o pastor Theodorus (Daniell). Apaixona-se pela prima Kay (Sterke), viúva e com filho pequeno

Filme do Dia: E Deus Criou a Mulher (1956), Roger Vadim

E Deus Criou a Mulher ( Et Dieu... créa la femme , França,1956). Direção:  Roger Vadim. Rot. Original:  Roger Vadim&Raoul Lévy. Fotografia: Armand Thirard. Música: Paul Misraki. Montagem: Victoria Mercanton. Dir. de arte: Jean André. Com: Brigitte Bardot,  Curd Jürgens, Jean-Louis Trintignant, Christian Marquand,  Marie Glory,  Georges Poujouly,   Jane Marken,   Jean Tissier,   Isabelle Corey.        O milionário Eric Carradine (Jürgens), embora poderoso, inveja dois trunfos da família Tardieu: o pequeno terreno que possuem e não pensam em vender, para que Carradine construa seu estaleiro, e a jovem, leviana e bonita Juliete Hardy (Bardot), que se encontra atraída pelo filho mais velho de Madame Tardieu (Glory), Antoine (Marquand). Voltando de uma temporada afastado de St. Tropez, Antoine encontra a família sendo pressionada a vender o terreno e, interessado em viver uma aventura com Juliete, pouco liga para os conselhos da mãe sobre a má reputação da jovem, já que não prete

Filme do Dia: A Short Vision (1956), Peter & Joan Foldes

A Short Vision (Reino Unido, 1956). Direção e Rot. Original: Peter Foldes & Joan Foldes. Música: Matyas Seiber. Essa sinistra parábola sobre o fim do mundo não concede o mínimo espaço a esperança – a borboleta que surge ao final é rapidamente morta igualmente. É composta de gravuras fixas que, juntamente com o timbre de sua narração over e sua trilha musical, acentuam seu tom sombrio, poucas vezes equiparável no universo da animação até então. Uma  certa noite, quando a maior parte dos homens, mulheres e crianças dormem, um objeto sobrevoa os céus e assusta animais como o leopardo e sua vítima e a coruja e o rato. O que observam no céu será a última coisa que verão antes de serem literalmente reduzidos a pó – e o rosto do homem que se transforma em esqueleto, tendo seus olhos estourados de suas órbitas, é talvez a imagem mais forte do holocausto. Há evidentes ressonâncias de uma obra como  Guernica  de Picasso sobre os traços dos Foldes, em sua segunda e última colaboração col