Filme do Dia: Boy to Man (1962)
Boy to Man (EUA, 1962).
Esse curta demonstra que o gênero do
filme educacional voltado para sexo e afins, que havia tido seu auge na década
anterior, continuava sendo produzido. Com mais similaridades que distinções
provavelmente. Na conta das primeiras estão elencos compostos por amadores,
ausência de créditos – aqui levada ao extremo, nem mesmo o nome de quem o
dirigiu consta – dos envolvidos na realização, e documentários encenados. O que
parece encorajar um posicionamento que seria contrário às pretensões de que
produções do tipo advogariam, sugerindo certa clandestinidade ou temor de terem
seus nomes associados com o material produzido. Por outro lado, observa-se aqui
uma intervenção mais ativa de características plenamente documentais sobre a
diegese criada – ausente, inclusive, da maior parte de seus antecessores – que
se dá através da tradicional voz over, filmagens médicas, gráficos, ilustrações
e pequenas animações. E também se trata de um filme em cores. O conteúdo é um
dos mais recorrentes nesse tipo de produção, que é o processo de puberdade
masculino e as mudanças envolvidas em relação à voz, às mudanças de pele, como
o surgimento de acnes (ao qual se apresenta, após a explanação do processo que
o gera, cientificamente, uma forma de combate-lo). Somente na segunda parte do
curta é que as mudanças associadas mais diretamente à sexualidade são
observadas, como o aparelho reprodutor masculino, observados através de
desenhos. Embora se refira a ereção e a
ejaculação, essas não são apresentadas, limitando-se a um desenho do líquido
seminal atravessando os canais do sistema, seguida por imagens microscópicas de
espermatozoides, contrariamente ao sistema reprodutor feminino, observado com
mais detalhe. Desnecessário afirmar que a leitura do processo é plenamente
biológica, dando como certo o casamento futuro e formação de família do agora
adulto. Churchill-Wexler Film Prod. 16 minutos.
Comentários
Postar um comentário