Filme do Dia: Le Baromètre de la Fidélité (1909), Georges Monca
Le Baromètre de La Fidélité (França,
1909). Direção: Georges Monca. Com: Max Linder, Jeanne Marnac.
Após lua-de-mel idílica, casal se vê
em situação de tédio absoluto após dois anos e cada um possui seu amante. Uma
amiga do casal, vendo que a situação não está nada animadora, envia a esposa um
“barômetro da fidelidade”. Um criado, após saber da função do instrumento,
altera a cor do mesmo, deixando os cônjuges desesperados ao chegarem em casa e
o verem com a cor alterada.
Curiosamente o ritmo desse filme é bem
mais feérico do que as produções posteriores dirigidas pelo próprio Linder e,
inclusive, possuindo uma montagem mais rápida do que a maior parte da produção
norte-americana contemporânea, incluindo Griffith. Seu aberto tom de farsa se
resolve através dos paralelismos e consegue soluções visuais cinematográficas à
altura das teatrais, como a
semelhante velocidade frenética com que marido e esposa deslizam pelo
vestíbulo para irem de encontro aos seus respectivos amantes. E que tentam
solucionar o barômetro mudando sua cor e se deparando um com o outro justamente
no final (em aberto e em situação de flagrante tal como o de L’Anglais Tel que Max le Parle). Ou
ainda o modo como ambas as mulheres
pedem para serem beijadas no início pela mão. Visualmente, no entanto, é mais
hilário o modo que o cabelo de Max se arrepia ao perceber que o barômetro havia
mudado de cor. Destaque para o belo e fluente plano que capta o idílio do casal
na canoa em um rio. Pathé Frères. 9
minutos e 30 segundos.
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