Filme do Dia: Uma História de Amor (1933), Max Ophüls


Liebelei - Wikipedia
Uma História de Amor (Liebelei, Alemanha, 1933). Direção: Max Ophüls. Rot. Adaptado: Max Ophüls, Curt Alexander & Felix Salten, baseado na peça de Arthur Schnitzler. Fotografia: Franz Planer. Música: Theo Mackeben. Montagem: Friedel Buckow. Dir. de arte: Gabriel Pellon. Figurinos: Adolf Braun. Com: Wolfgang Liebeneiner, Magda Schneider, Luise Ullrich, Carl Esmond, Gustav Gründgens, Olga Tschechowa, Paul Hörbiger, Paul Otto.
Na Viena do início do século XX, o tenente Lobheimer (Liebeneiner) é amante da Baronesa Von Eggersdorff (Tschechowa), esposa de seu superior no Exército e amigo de seu pai, Barão von Eggersdorff (Gründgens). Porém, em uma noite que encontra-se com o amigo Theo (Esmond) e Mizzi (Ullrich), a garota que corteja, acaba aproximando-se da amiga de Mizzi, Christine (Schneider). A partir do momento que decide romper com a Baronesa, contra a vontade dela, os boatos chegam ao ouvido do Barão que o desafia a um duelo. Na véspera do duelo, Lobheimer tenta despedir-se de Christine, mas apenas o pai (Hörbiger), músico de câmara, encontra-se. Após realizar o teste de canto considerado um sucesso, Mizzi vai ao encontro de Lobheimer e recebe a notícia do pai, Theo e Mizzi. Confusa, pratica o suicídio.
No filme que se destaca na filmografia inicial de Ophüls, já se encontra definido o tema da efemeridade do amor, narrada com um raro lirismo e um tom agridoce, que tornar-se-ia uma marca registrada de seus filmes mais representativos. Embora o interesse pela narrativa, como um todo, se mantenha indelével após tantas décadas, cumpre destacar a liberalidade com que representa o universo feminino e a vitalidade da paixão juvenil dos dois casais, que é rompida precoce e bárbaramente pelas convenções sociais do Império Habsburgo. A traição para o Barão representa, antes de mais nada, um ataque contra sua propriedade, em uma concepção de amor completamente diversa do duplo casal, bem menos ricos e mais jovens, que é espontânea e intensa (aproximando-se da mesma concepção romântica que norteará um dos clássicos de Bergman, Sorrisos de uma Noitede Amor). A peça de Schnitzler voltaria a ser filmada em 1958, como Christine,  produção franco-italiana com Alain Delon e Romy Schneider, como protagonistas.  Elite-Tonfilm Produktion. 88 minutos.

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