Filme do Dia: Red Riding Hood (1931), Harry Bailey & John Foster




Red Riding Hood (EUA, 1931). Direção: Harry Bailey & John Foster.
Essa versão um tanto alucinada de Chapéuzinho Vermelho, no qual a garota, próxima da representação do primeiro Mickey Mouse, vai a casa da Avó e a encontra completamente revigorada por um tônico a base de jazz e saindo da sua situação de moribunda para uma lépida e fagueira dançarina e apaixonada por um priápico Lobo Mau é bastante representativa desse momento pré-Código Hays e domínio do padrão Disney de animação. O próprio estúdio que o produziu, não muito tempo após estaria realizando insípidas animações coloridas. Aqui, os traços mais primários e um senso anárquico mais próximo da primeira série do Gato Félix é que ditam o tom.  E não faltam cenas hilárias como a que a Avó se transforma de velha moribunda em jovem coquete em questão de segundos, que ela procura se desembaraçar da neta e fugir com o Lobo já vestida como noiva e a interrupção do casamento provocado pela esposa do Lobo e um enorme cortejo de filhos do mesmo, para não falar da fálica torre da Igreja. Talvez tenha sido fonte de inspiração para um realizador como Tex Avery efetivar suas incursões por igual tema também repletas de malícia na animação da década seguinte. Van Beuren Studios para RKO-Pathé Corp. 7 minutos e 9 segundos.

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