Filme do Dia: Jogo Duro (1985), Ugo Giorgetti
Jogo Duro (Brasil, 1985). Direção e Rot.Original: Ugo
Giorgetti. Fotografia: Pedro Paulo Lazzarini. Música: Mauro Giorgetti.
Montagem: Paulo Mattos. Dir. de arte e Cenografia: Maria Isabel Giorgetti. Com:
Cacá Carvalho, Jesse James Costa, Cininha de Paula, Valéria de Andrade, Carlos
Costa, Antônio Fagundes, Paulo Betti, Umberto Magnani, Cleyde Yáconis.
No tradicional e elegante bairro do
Pacaembu, um segurança improvisado (Costa) contratado por um agente imobiliário
(Fagundes) descobre que a mansão que irá proteger abriga uma jovem mulher
(Paula) com sua filha (Andrade). Uma tensão é criada entre o segurança e o
atual namorado da mulher, também segurança (Carvalho). Saindo da casa com a
filha por pressão do namorado retorna à casa e se torna amante do segurança
improvisado. Louco de ciúmes, o segurança assassina seu pretenso rival.
Essa reivindicada sátira social é o
primeiro filme de Giorgetti e igualmente o primeiro de uma trilogia do
confinamento prosseguida com Festa
(1989) e Sábado (1995), torna-se
inviável tal o nível de precariedade do trabalho dos atores e da própria
estrutura narrativa. O nonsense e o
grotesco buscados, nesse sentido, tornam-se menos expressão dramatúrgica que
conseqüências da própria produção. No mais um pretensamente irônico conflito
entre despossuídos no território que definitivamente não lhes pertence não mais
que trivial e que, infelizmente, não corresponde às expectativas geradas por um
interessante prólogo – no qual o cineasta, de origem publicitária, efetiva uma
relativamente engenhosa brincadeira que apresenta as virtudes da casa numa estrutura
padrão de comercial, provocando um distanciamento evocativo de alguns dos
melhores momentos dos filmes de Sérgio Bianchi. Fathom Filmes/Luar Prod.
Cinematográficas. 110 minutos.
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