Filme do Dia: E Sua Mãe Também (2001), Alfonso Cuarón


Resultado de imagem para e sua mãe também alfonso cuarón poster


E Sua Mãe Também (Y Su Mama También, México/EUA, 2001). Direção: Alfonso Cuarón. Rot. Original: Alfonso & Carlos Cuarón. Fotografia: Emmanuel Lubezki. Montagem: Alfonso Cuarón & Alex Rodrigues. Dir. de arte: Marc Bedia & Miguel Angel Alvarez. Figurinos: Gabriela Diaque. Com: Maribel Verdú, Gael Garcia Bernal, Diego Luna, Diana Bracho, Emílio Echevarría, Ana López Mercado, María Aura, Juan Carlos Remolina, Andrés Almeida, Silverio Palácios.
          Após a partida das respectivaas namoradas, os inseparáveis, Julio Zapata (Bernal) e Tenoch Iturbide (Luna), passam a viver uma semana de tédio, em que praticamente não  fazem nada além de se masturbar. Em uma festa de casamento da família Iturbide, os amigos conhecem e convidam a mulher espanhola de um primo de Iturbide, Luisa Cortés (Verdú) para viajar com eles à praia. Quando já esqueceram do assunto, Luisa, ainda chocada com o relato da traição do marido Jano (Remolina) sonda se a proposta da praia ainda está de pé. Juntos os três partem pelo México em uma viagem de cinco dias que resulta numa relação conflituosa entre os dois amigos – que disputando a atenção de Luisa, descobrem que transaram com as namoradas um do outro e, na última noite, também descobrem certa atração homo-erótica que os distancia. Após uma noite de farra na praia que foram levados pelo pescador Chuy (Palácios), os amigos se separam de Luisa, que permanece na praia. Algum tempo depois, encontram-se por acaso por uma última vez e Tenoch revela para Julio que Luisa morrera um mês depois de câncer, fato que já sabia antes de viajar com os rapazes.

           Ainda que profundamente superficial na composição psicológica de seus personagens, cujas motivações parecem servas dos malabarismos do roteiro, essa comédia consegue ir além das produções do gênero – sendo infinitamente superior, por exemplo, a outra comédia de costumes road-movie,  a italiana Pão e Tulipas. Mesmo que a proposta de apresentar os problemas sociais do México como pano de fundo soe forçada e superficial, o filme possui como qualidade o fato de não render-se ao excessivo sentimentalismo que usualmente acompanha narrativas de iniciação semelhantes. Seu tom agridoce, também característico do gênero mescla um humor anárquico, tipicamente adolescente com a realidade mais árdua e menos delirante da maturidade, perde um tanto quanto de seu efeito diluído nas paisagens mexicanas dignas de cartão-postal ou em saídas populistas como a da descoberta de que a praia a que o trio chega por acaso possui um lugar próximo que tem o mesmo nome fictício inventado por Julio. Utiliza-se de um narrador, cujas intervenções são precedidas pelo desaparecimento da banda sonora. Anhelo Producciones/Besame Mucho Pictures/Producciones Anheolo. 105 minutos.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Filme do Dia: Der Traum des Bildhauers (1907), Johann Schwarzer

Filme do Dia: Quem é a Bruxa? (1949), Friz Freleng

Filme do Dia: El Despojo (1960), Antonio Reynoso